Atingidos ocupam área da União em Barra do Ouro (TO)

Cerca de 150 atingidos pela barragem de Estreito ocuparam na manhã de sábado (18) uma área da União na cidade de Barra do Ouro, Tocantins. O grupo pede para ser […]

Cerca de 150 atingidos pela barragem de Estreito ocuparam na manhã de sábado (18) uma área da União na cidade de Barra do Ouro, Tocantins. O grupo pede para ser assentado no local, localizado em área urbana.

Entre os ocupantes, estão muitas pessoas que não tiveram direito a indenização quando foram expulsas para a construção de Estreito. Muitas delas vivam como agregadas em casas de outros moradores. Uma das atingidas nessa situação relatou que foi forçada a desocupar a área sem indenização por pressão policial e sob ameaça de uma multa de 27 mil reais.

Segundo as lideranças do MAB, as pessoas permanecerão no local. “Já se passaram mais de 30 dias e nada foi resolvido. Foram publicadas algumas denúncias, mas nada adiantou. O povo então ocupou a área e não vai sair”, declarou uma militante.

A primeira máquina da Usina Hidrelétrica de Estreito, com capacidade de 135 megawatts (MW), começou a operar na semana passada. O empreendimento, com capacidade instalada de 1.087 MW, concentra investimentos de R$ 3,7 bilhões.

No mês passado, o MAB denunciou que, com a formação do lago para a barragem, foi alagada uma área maior que a prevista inicialmente pelo Consórcio Ceste, responsável pela obra. Dessa forma, diversas famílias tiveram que deixar suas terras às pressas, enquanto a água invadia as casas.

O Consórcio Ceste é formado pela Vale, Alcoa, Camargo Corrêa e Tractebel Suez.

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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