Atingidas por barragens recebem ministras de Estado
Na tarde de hoje (05/04), as mulheres que participam do Encontro Nacional – Mulheres em luta por direitos e pela construção de um novo projeto energético popular recepcionarão as ministras […]
Publicado 05/04/2011
Na tarde de hoje (05/04), as mulheres que participam do Encontro Nacional – Mulheres em luta por direitos e pela construção de um novo projeto energético popular recepcionarão as ministras Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos, e da Pesca e Aquicultura, Ideli Salvatti, para o lançamento do Relatório da Comissão Especial do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana. O relatório apontou 16 direitos humanos sistematicamente violados em construção de barragens.
O MAB também vai entregar à ministra Maria do Rosário um dossiê que aponta violação dos direitos humanos das mulheres atingidas. Junto à entrega do dossiê, o Movimento solicitará que o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana crie uma Comissão Especial para investigar a violação dos direitos das mulheres na construção de barragens, assim como fez em 2006, quando criou a comissão Especial Atingidos por Barragens.
Para a ministra Ideli Salvatti, a demanda das atingidas é pelo acesso aos lagos das barragens. Em muitos casos no Brasil, as populações atingidas dependem da pesca, mas são impedidas de exercerem essa atividade econômica nos lagos formados pelas barragens.
O encontro acontece desde ontem (04/04) no Parque da Cidade, em Brasília, com a presença de cerca de 500 mulheres vindas de 14 estados. Elas são militantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), atuam na luta contra as barragens e pelos direitos das atingidas e dos atingidos e, movidas pelo desejo de maior participação, inserem-se na organização das famílias para melhoria das condições de vida e de trabalho dos atingidos.
Durante o Encontro, que segue até o próximo dia 7, as participantes poderão discutir sobre o atual modelo energético e analisar as conseqüências da construção das barragens em suas vidas.
Segundo Ivanei Dalla Costa, da coordenação nacional do Movimento, este é o momento de fortalecer a participação das mulheres para que sejam sujeitas da organização e da luta. Ainda hoje existe muita diferença na atuação de mulheres e homens, os direitos não são os mesmos e elas precisam estar esclarecidas sobre o seu papel na sociedade e no movimento social. Queremos participar e juntos, homens e mulheres, construir um novo projeto energético popular, declarou.
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