MAB e UFRJ formam primeira turma de especialistas em energia
O dia 20 de julho marcou um passo importante na conquista dos trabalhadores, no que diz respeito ao acesso à universidade. Depois de quatro etapas realizadas no correr de dois […]
Publicado 27/07/2010
O dia 20 de julho marcou um passo importante na conquista dos trabalhadores, no que diz respeito ao acesso à universidade. Depois de quatro etapas realizadas no correr de dois anos, se formou a primeira turma do curso de especialização extensão Energia e Sociedade no Capitalismo Contemporâneo – turma Haydeé Santamaría – numa parceria de sucesso entre o Movimento dos Atingidos por Barragens e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR), da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A cerimônia contou com a presença do Reitor da universidade, Aloísio Teixeira; da Pró-Reitora, Laura Tavares; do prof. Carlos Vainer, do IPPUR; do representante de Eletrobrás, Alexandre Benjamin; do representante do Sindicato dos Petroleiros, Simão Zanardi Filho e do diretor da Escola de Educação Física, prof. Waldyr Mendes Ramos.
Para o Reitor, este curso é tão importante para os movimentos sociais como é para a universidade. A UFRJ é considerada uma universidade importante no Brasil. Está entre as melhores. Mas isso não nos satisfaz. Queremos atender as demandas dos trabalhadores. Por isso esse curso é tão importante pra nós, afirmou. Além disso, o reitor lembrou que enfrentamos uma cultura que diz que a universidade tem que se fechar em seus próprios muros. Mas nós entendemos que ela deve se integrar à comunidade.
Já o professor Carlos Vainer disse que a realização do curso representa várias vitórias. A vitória individual de cada um por ter chegado até aqui. Mas também uma vitória coletiva contra o preconceito da classe dominante. Nós arrombamos a porta da universidade para nos apropriarmos do estudo como um instrumento de luta, exaltou Vainer.
A primeira turma contou com a presença de 80 militantes de movimentos sociais do Brasil, Argentina, El Salvador e Colômbia, que desenvolveram trabalhos de conclusão do curso abordando diversos aspectos associados à energia, gênero, cultura, agricultura, trabalho, entre outros. O encerramento desta turma culminou com a abertura de uma segunda turma do curso, que permanece no Rio de Janeiro por 15 dias para realizar a primeira das quatro etapas. Para o MAB, este é mais um importante passo na conquista dos trabalhadores, que encontram na universidade o apoio necessário para alavancar a proposta de um projeto energético para o Brasil.