Atingidos por barragens serão recebidos pela Chesf, em Recife

Fruto do acampamento realizado na semana passada em Sobradinho (BA), na próxima quarta-feira (24) os atingidos pelas barragens de Sobradinho, Riacho Seco e Pedra Branca, e a direção regional do […]

Fruto do acampamento realizado na semana passada em Sobradinho (BA), na próxima quarta-feira (24) os atingidos pelas barragens de Sobradinho, Riacho Seco e Pedra Branca, e a direção regional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), serão recebidos em audiência pela diretoria da Companhia Hidroelétrica do São Francisco – Chesf, em Recife, na sede da empresa.

A audiência representa a abertura de um canal de negociação, onde serão cobrados o pagamento da dívida social das famílias atingidas pelas barragens de Sobradinho e Itaparica; a suspensão dos projetos de construção das hidrelétricas de Riacho Seco e Pedra Branca; e a paralisação das obras de Transposição do Rio São Francisco. Além disso, os atingidos irão pautar o projeto de reestruturação e desenvolvimento para o Vale do São Francisco.

Com relação à pauta do MAB de reassentar as famílias atingidas por barragens que ficaram sem terra, no dia 12 de março houve uma reunião entre o Movimento, representantes do INCRA nacional e do INCRA dos estados do nordeste (CE, PE, BA e PB). Como encaminhamentos dessa reunião, hoje (22) iniciou o cadastramento das famílias atingidas pela barragem de Acauã, na Paraíba. Já no dia 25, o MAB e o INCRA do Ceará se reunirão em Fortaleza para fazer o plano de trabalho do estado.

“Foi feito entre nós um acordo de que, em 30 dias de trabalho, todos os atingidos por barragens sem terra já estejam cadastrados no nordeste. O desafio agora é continuarmos as mobilizações para viabilizarmos os reassentamentos o quanto antes. Há anos sofremos sem ter um lugar certo para plantar e criar nossos filhos, já é hora de conquistarmos nosso chão. Para nós, essa é parte do pagamento da dívida do estado com os atingidos por barragens”, afirmou Nívea Diógenes, da coordenação do MAB.

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