Via Campesina Brasil lança campanha pelo fim da violência contra as mulheres

Ontem (20/01), a II Planária Nacional da Via Campesina Brasil lançou a Campanha Mundial Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. A campanha tem como foco central todas as formas […]

Ontem (20/01), a II Planária Nacional da Via Campesina Brasil lançou a Campanha Mundial Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. A campanha tem como foco central todas as formas de violência, física ou psicológica, exercida contra as mulheres do campo, mas também quer dar visibilidade à violência praticada contra todas as mulheres do mundo. Ela terá um caráter de denúncia e pretende desmistificar a naturalização da violência. “Queremos mostrar que a violência é estrutural em uma sociedade capitalista e patriarcal”, dizem as mulheres.

Adriana Mezarios, do Movimento das Mulheres Camponesas do Brasil, apontou os mecanismos que o capitalismo e o patriarcado utilizam para dominar as mulheres. Segundo ela, a dependência econômica – causada pelo desemprego ou subemprego; o casamento e a religião – que colocam a mulher como uma propriedade dos homens; o controle sobre o corpo – que determina se a mulher tem que ter filhos ou não, além de lucrar com a prostituição, são alguns elementos que diminuem a participação política da mulher.

A Campanha foi inicialmente lançada na 5ª Conferência Internacional da Via Campesina, em Moçambique, em 2008. “Lá, as mulheres camponesas assumiram o compromisso de eliminar todas as formas de violência contra as mulheres enfrentendo as causas dela. A Via Campesina Brasil também deve assumir este compromisso planetário”, enfatizou Isabel Diniz, da Comissão Pastoral da Terra.

Os movimentos sociais do campo presentes na Plenária assumiram o compromisso de pensar qual metodologia e quais materiais serão usados na implementação da campanha nas regiões.

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro