Preservar o rio, é preservar a vida!
Documento
Metadados
Título da Arpillera
Preservar o rio, é preservar a vida!
Descrição
Esta arpillera foi bordada pelas mulheres ameaçadas pela construção das barragens de Garabi e Panambi, trazendo à tona a relação profunda que elas mantêm com o Rio Uruguai. A peça retrata os dois lados do mesmo rio, que une Brasil e Argentina, simbolizando os vínculos de vida e cultura que se formam em torno dele.
No tecido, aparecem a floresta e os animais com quem convivem diariamente, entre eles os peixes — o dourado e o cascudo — que são fonte de alimento e de sustento econômico, além das vacas que fornecem o leite e fazem parte da rotina das famílias. Também estão bordados os barcos, as casas e os núcleos familiares, representando o modo de vida ribeirinho construído ao longo de gerações.
Um elemento central da arpillera é a ilha, espaço simbólico e afetivo para a comunidade. Ao costurá-la, as mulheres reafirmaram que não querem perder esse território tão significativo, ameaçado pelo projeto das barragens. A ilha, assim como o rio, é parte de sua identidade e de sua história.
Por meio deste trabalho coletivo, as mulheres denunciam a ameaça da destruição e afirmam sua resistência: os rios e as vidas que dele dependem não têm preço, precisam ser livres e preservados. A arpillera se torna, assim, um testemunho de luta e de esperança contra a implantação de mais dois barramentos no Rio Uruguai.
Eixo - Tema
Data
setembro 17, 2019
Autoras
Mulheres atingidas por barragens do Rio Grande do Sul
Cartinha
Nós mulheres ameaçadas pela barragem de Garabi e Panambi, bordamos nesta Arpillera, nossas vidas e a relação que temos com o Rio Uruguai, representamos os dois lados do mesmo rio que une o Brasil e a Argentina.
Bordamos nela a floresta e os animais com quem convivemos, principalmente nossos peixes, o dourado e o cascudo, que nos alimentam e nos geram renda, além das vacas que ordenhamos e que nos dão o leite. Nesta peça construímos também nossos barcos, nossas casas e nossas famílias.
Bordamos também nossa ilha, que é muito simbólica para nós, e ao costurar nossa ilha fomos refletindo que não queremos que esse projeto de barragem se realize e acabe com tudo isso, pois ela é parte da nossa identidade.
Através deste nosso trabalho coletivo, afirmamos que nossos rios e nossas vidas devem ser livres, devem ser preservadas, pois não temos preço, e não queremos a realização de mais dois barramentos no Rio Uruguai.
Fotógrafo/a
Mariana Zabot
Localização
Secretaria Estadual do MAB - Erechim/RS
Dimensões
59 x 41 cm
Bloco
Tecendo a Organização
Anexos
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