Papa Francisco se reúne com movimentos populares na Bolívia
A atividade tem como eixos principais a questão da terra, da moradia e do trabalho. O encontro acontece entre os dias 7 a 9/07, na Bolívia. Página do MST Depois […]
Publicado 06/07/2015
A atividade tem como eixos principais a questão da terra, da moradia e do trabalho. O encontro acontece entre os dias 7 a 9/07, na Bolívia.
Página do MST
Depois de quase um ano do primeiro encontro do Papa Francisco com os movimentos populares, em Roma, as organizações sociais voltam a ser encontrar com o Pontífice no próximo dia 9 de julho, mas dessa vez em Santa Cruz da Serra, na Bolívia.
Mais de 1.500 delegados de diversos movimentos populares do mundo inteiro, junto a dezenas de bispos e agentes pastorais, participam de três dias de reuniões, análises e debates sobre os problemas sociais e ambientais que eclodem no mundo inteiro.
O presidente boliviano, Evo Morales, e João Pedro Stedile, da coordenação nacional do MST, estarão entre os participantes.
A atividade, que acontece entre os dias 7 a 9 de julho, tem como eixos principais a questão da terra, da moradia e do trabalho, na busca de uma concepção comum sobre os distintos conflitos que afetam a soberania dos povos no mundo.
Desde sua posse, o Papa Francisco vem demonstrando preocupações em relação a estas temáticas. No mais recente documento oficial escrito por ele (a encíclica do meio ambiente, “Laudato Si (Bendito Seja), Sobre os Cuidados com Nosso Lar Comum”), o pontífice coloca o clima no centro de suas preocupações, dizendo temer o controle da água pelas grandes empresas.
Há algumas semanas, Francisco também denunciou a grilagem de terras em países pobres por empresas multinacionais e de outros Estados, recomendando fortemente o apoio à agricultura familiar de subsistência.
No primeiro encontro com os movimentos populares, em outubro do ano passado, Francisco defendeu a Reforma Agrária e fez duras críticas ao modelo do agronegócio, ao ressaltar que “a reforma agrária é, além de uma necessidade política, uma obrigação moral”.
Justiça social
O encontro dos movimentos populares com o pontífice acontece no dia 9 de julho, às 17h30, quando os participantes dialogarão com o Papa sobre a necessidade de transformações estruturais na sociedade, e que tenha os movimentos populares como protagonistas da luta por justiça social.
Ao final, os movimentos entregarão ao Papa uma carta com os resultados do trabalho dos três dias de trabalho, e as medidas mais urgentes para que Francisco possa colocá-las na Assembleia das Nações Unidas de Nova Iorque e em outros foros internacionais.