MAB participa de encontro da Plataforma Operária e Camponesa

Aconteceu nesse fim de semana (11 e 12 de junho) o 1º Encontro Estadual da Plataforma Operária e Camponesa, em Belo Horizonte. O evento, organizado pela Assembleia Popular (AP), trouxe […]

Aconteceu nesse fim de semana (11 e 12 de junho) o 1º Encontro Estadual da Plataforma Operária e Camponesa, em Belo Horizonte. O evento, organizado pela Assembleia Popular (AP), trouxe a discussão sobre a questão energética no estado de Minas Gerais e no Brasil, além dos altos preços da tarifa de gás, energia, água e transporte.

O objetivo do encontro foi fortalecer a unidade entre movimentos e entidades do campo e da cidade nas reivindicações da classe trabalhadora, construindo planos de lutas conjuntas. “Este seminário é importante para a construção da unidade dos diversos segmentos de esquerda em Minas Gerais e para a apropriação de elementos importantes para debatermos junto ao povo e fortalecermos a classe trabalhadora”, afirmou Antonio Claret Fernandes, liderança do MAB.

Além do MAB, participaram do encontro movimentos como o MST, a Marcha Mundial das Mulheres, o Movimento dos Trabalhadores Desempregados, além de sindicatos de trabalhadores dos setores elétrico, petroleiro, de água e gás, entre outros.

O evento problematizou a questão energética no estado de Minas Gerais, que é responsável por cerca de 17% da geração de energia no Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo. No entanto, Minas é o estado com uma das maiores tarifas de energia do país. Segundo dados do Sindicato dos Eletricitários, entre os anos de 1995 e 2006, a tarifa residencial aumentou cerca de 469% no estado. Ainda segundo o sindicato, o Estado controla apenas 23% das ações da empresas, o restante é controlado por empresas privadas, sendo sua maioria estrangeiras.

O seminário trouxe também a discussão dos altos preços de tarifas como a de gás, água e transporte. A tarifa, além de ser um saque ao bolso do trabalhador, é contraditória porque os trabalhadores são obrigados a pagar pela riqueza que eles próprios produzem.

Projeto Popular para o Brasil

No domingo, os movimentos discutiram a importância da construção de um projeto para o Brasil que seja construído pelo próprio povo, em oposição àquele imposto pelo capital. Foi ressaltada a importância da Assembléia Popular, como espaço articulador dos movimentos e entidades da esquerda na construção desse projeto.

“O projeto popular tem uma importância muito grande para o povo, para os trabalhadores, sobretudo em função do período histórico que estamos vivendo, que é um período conturbado, confuso, complexo e adverso para as forças da classe trabalhadora. A AP tem uma missão muito grande de tentar ir ao local e através desse mecanismo de base articular vários movimentos”, diz relatório da Assembléia.