Movimentos homenageiam Dema, assassinado há 20 anos na Amazônia

Dema foi mais um mártir da luta pelos direitos dos povos do campo e da floresta, na região Norte do Brasil.

Ontem, 25 de agosto, completou-se 20 anos do assassinato do agricultor Ademir Alfeu Fredericci, conhecido como Dema. Em sua memória, a Igreja Católica realizou uma atividade com lideranças de movimentos populares e sindicais e com sua família em Medicilandia (PA), cidade onde ele viveu. Foi um momento de reflexão e de apontamentos para a continuidade do processo de construção da organização e luta das famílias trabalhadoras da Transamazônica e do Xingu.

Dema foi assassinado dentro de sua casa, na frente de sua esposa e filhos, em Altamira (PA), no dia 25 de agosto de 2001.

“Foi uma grande liderança sindical na Amazônia. Ele se envolveu em vários processos protagonizados por trabalhadores rurais na região da Transamazônica de 1980 a 2001. Dentre esses processos, ele participou ativamente da criação do Movimento pela Sobrevivência da Transamazônica, do Movimento de Desenvolvimento da Transamazônica e Xingu e da Comissão Regional dos Atingidos pelo Complexo Hidrelétrico no Xingu (CRACOHX)”, afirma Jackson Dias, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) na região do Xingu.

A CRACOHX foi uma das sementes para a nacionalização da organização e lutas dos atingidos por barragens através da criação do MAB, em 1991.

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