Greve Geral: Trabalhadores cruzam os braços em defesa da aposentadoria

Por todo o país, reforma da previdência de Bolsonaro é rejeitada com amplas paralisações e atos expressivos

Foto: Gibran Mendes / CUT Curitiba

Organizada de forma unitária por 12 centrais sindicais, a Greve Geral de 14 de junho teve paralisações de diversas categorias em todo o país e contou com a participação das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Foto: Guilherme Gandolfi / SP

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a estimativa é que mais de 45 milhões de trabalhadores cruzaram os braços contra a reforma da previdência proposta pelo governo de Bolsonaro. As atividades da greve – paralisações, piquetes em rodovias e avenidas, manifestações – ocorreram em pelo menos 380 cidades brasileiras, segundo mapeamento da CUT.

Jaguaribara, Vale do Jaguaribe, Ceará

O Movimento dos Atingidos por Barragens esteve junto com os trabalhadores em defesa de aposentadoria pública nos 20 estados onde o MAB está organizado. Além da pauta contrária à reforma da previdência, outro tema presente nos cartazes e palavras de ordem dos manifestantes foi a luta pela educação, contra cortes de investimentos anunciados pela equipe de Bolsonaro. Parte das manifestações pediu “Lula Livre” e “Fora Bolsonaro”; o atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, foi alvo de críticas nos protestos, após vazamento das conversas com procuradores da Operação Lava-Jato quando ele ainda atuava como juiz, em Curitiba.

Foto: Pablo Vergara / MST

Nas capitais, a adesão parcial dos setores de transportes, ônibus, metrôs e trens contribuiu para que mais trabalhadores aderissem à greve. Na internet, a hashtag GreveGeral liderou a lista de assuntos do momento do Brasil na rede social Twitter durante todo o dia. Ao fim da tarde, aconteceu uma mobilização virtual contra a reforma da Previdência, com a hashtag BrasilBarraReforma.