Pedagogia das águas em Movimento e a formação de jovens no Rio de Janeiro
Estudantes das redes municipal e estadual de Cachoeiras de Macacu/RJ, agricultores e moradores do Vale do Guapiaçu, preocupados com a questão ambiental e a água se reuniram na escola Estadual […]
Publicado 03/06/2019
Estudantes das redes municipal e estadual de Cachoeiras de Macacu/RJ, agricultores e moradores do Vale do Guapiaçu, preocupados com a questão ambiental e a água se reuniram na escola Estadual São José, no último sábado (1), para debater sobre As disputas sócio ambientais contemporâneas e os interesses que cercam o território. Essa foi a primeira aula do Curso de Educação Popular em Saúde Ambiental em Comunidades do Município de Cachoeiras de Macacu, Rio de Janeiro. O curso é uma parceria entre o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio EPSJV/Fiocruz, com apoio da Escola São José.
Historicamente, o município passa por vários conflitos agrários em torno da água, o mais recente é o projeto de construção da barragem no Rio Guapiaçu, que tem violado os direitos dos moradores da região. O outro conflito é o do sistema Imunana-laranjal, um sistema de captação de água da Cedae para a região leste metropolitana, que além de não ter tido os devidos cuidados de manutenção, alaga as terras dos produtores da comunidade de São José da Boa Morte durante seis meses ao ano.
Nossa juventude precisa se apropriar do que aconteceu e está acontecendo na nossa região, para que possamos lutar em defesa da natureza, da vida e da nossa sobrevivência aqui no nosso território, colocou Silas Borges, da coordenação do MAB no estado. Segundo ele, essa formação, que segue até o final deste ano, é destinada aos jovens, que tem um papel fundamental na luta por um lugar melhor para viver. Este também é o papel do Movimento, preparar a juventude, para que, munida de informação, faça sua parte enquanto aluno e morador deste município, finalizou.