Atingidas por barragens pressionam Governo de Minas por seus direitos
Na semana do Dia Internacional de Luta das Mulheres, atingidas por barragens marcham por Belo Horizonte em defesa de seus direitos Cerca de 350 mulheres do Movimento dos Atingidos por […]
Publicado 06/03/2018
Na semana do Dia Internacional de Luta das Mulheres, atingidas por barragens marcham por Belo Horizonte em defesa de seus direitos
Cerca de 350 mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) saem em marcha da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Rua da Bahia, 1600, bairro Lourdes – Belo Horizonte (MG), na tarde desta terça-feira (6). Está marcada uma reunião, às 15h30, com representantes do governo de Minas Gerais, quando será avaliado o andamento da pauta das populações atingas no estado.
A pauta do MAB envolve a garantia dos direitos dos atingidos.
Em março de 2017 o MAB se reuniu com o governador Fernando Pimentel, quando foram levantadas diversas demandas dos atingidos no estado. Há um ano, poucas respostas foram dadas. Entre elas, o pouco empenho do governo em aprovar a Política dos Atingidos por Barragens e outros Empreendimentos (PEABE), que está há dois anos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
É pedido também que o governo tenha uma postura a favor dos atingidos pela barragem da Samarco, Vale e BHP, para que garanta a participação social das comunidades nas decisões de suas vidas e completa reparação dos danos causados pelo crime.
Os atingidos demandam retorno das mesas de diálogo com o governo que aconteceram entre os meses de abril e junho de 2017. O objetivo das mesas de diálogo foi para levantar as demandas dos passivos nas regiões organizadas no MAB.
Para o desenvolvimento e organização dos atingidos pela barragem de Irapé, no Vale do Jequitinhonha, os atingidos cobram projetos junto à Cemig.
Estamos iniciando a jornada de lutas de março, quando reafirmamos a luta das mulheres, no dia 8 de março Dia Internacional de Luta das Mulheres- e o 14 de março Dia Internacional contra as barragens, pelas águas, pelos rios e pela vida. Hoje, nesta reunião com o governo, viemos cobrar o andamento da nossa pauta, que as demandas foram levantadas, mas ainda não vimos mudanças reais em nossas vidas dos atingidos, contextualiza Aline Ruas, da coordenação do MAB.
As pautas envolvem também o acesso a água, regularização fundiária e direito à terra, subsistência alimentar e geração de renda, assessoria técnica, revitalização das bacias dos rios Jequitinhonha, Doce e Rio Pardo. Como também o abastecimento de água das famílias do semiárido mineiro, que sofrem com a falta de água.