Produção do documentário “Arpilleras: bordando a resistência” está na região de Mariana, Minas Gerais

A produção do documentário “Arpilleras: bordando a resistência”, que está sendo construído coletivamente, a partir da participação de militantes do MAB de todas as regiões, e percorrendo o país para ouvir mulheres que estão na luta contra as violações de direitos humanos sofridas nos processos de construção das barragens, chega agora a Minas Gerais. Na região de Mariana, a equipe vai ouvir mulheres que tiveram suas vidas interrompidas pelo rompimento da barragem da Samarco- Vale-BHP Biliton. 

A equipe estava filmando no Sul, na região da Hidrelétrica de Itá, em novembro de 2015, quando aconteceu a tragédia em Mariana. Agora, retorna a campo, depois de uma parada por conta da conjuntura nacional e da situação em Minas. Assim, a partir de hoje, quarta-20, passam a ser ouvidas as mulheres mineiras que contarão suas histórias de resistência luta contra as barragens de rejeitos de minérios e suas consequências, além das hidrelétricas como a UHE da Fumaça, que fica na mesma região.

Depois de Minas, a produção segue para Altamira, no Pará, onde as protagonistas serão as mulheres à frente da luta contra as violações cometidas na situação da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu. Ainda no roteiro, estão as regiões da UHE de Cana Brava, em Goiás, e do Açude do Castanhão.

O filme, que contou também com apoio de financiamento coletivo através do Catarse, será mais um instrumento de denúncia contra o descompromisso das grandes empresas com os atingidos e, também, um espaço importante de destaque para o protagonismo e a voz das mulheres na luta. A proposta é lançar o documentário em novembro deste ano, quando se completa um ano da tragédia em Mariana.

Acompanhei aqui mais informações: https://www.facebook.com/arpilleras/?fref=ts