Pescadores e ribeirinhos atingidos pela Usina de Belo Monte lutam por moradia digna e acesso à energia

O Movimento dos Atingidos por Barragens visitou quatro comunidades localizadas às margens do Rio Xingu (PA)

Ribeirinhos e pescadores atingidos pela Usina de Belo Monte reivindicam políticas públicas para os seus territórios. Foto: Arquivo MAB

Nos dias 19 e 20 de abril, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizou visitas aos atingidos das comunidades de Boa Esperança, Passai, Calacas e Espelho, localizadas em Altamira (PA), com o objetivo de contribuir na luta dos ribeirinhos e pescadores por políticas públicas para suas comunidades. A principal reivindicação dos atingidos nas localidades é a inclusão prioritária de suas comunidades nos programas do governo federal Luz Para Todos e Minha Casa Minha Vida Rural.

“Entendemos que a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte gerou diversos impactos na região do Xingu, especialmente em comunidades tradicionais distantes dos centros urbanos que, atualmente, vivem sem acesso à energia e à moradia digna, enfrentando desafios significativos nas suas atividades tradicionais, como a pesca”, afirma Dionata Souza, integrante da coordenação do MAB.

De acordo com o militante, os programas Luz Para Todos e Minha Casa Minha Vida Rural podem promover o desenvolvimento sustentável dessas comunidades, compensando parcialmente os impactos na pesca e outras atividades relacionadas ao rio.


O MAB ressalta a importância de que a implementação dos programas federais levem em consideração as necessidades específicas das comunidades atingidas por Belo Monte. “É fundamental garantir que os atingidos, que já tiveram tantos direitos violados, tenham acesso a serviços básicos, como educação, saúde, esporte e eletricidade, para que sejam reparados de maneira justa e inclusiva”, destaca Dionata.

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