NOTA | MAB manifesta solidariedade ao povo do Níger diante das sanções e intervenções militares
Movimento se solidariza com povo do Níger e denuncia intervenções e sanções econômicas
Publicado 12/09/2023 - Atualizado 12/09/2023
Os atingidos por barragens do Brasil denunciam ao mundo as agressões e tentativas de intervenção militar dos países imperialistas ao povo e país do Níger. É direito do Níger exercer sua autodeterminação e a soberania sobre suas riquezas e território.
Em 29 de julho, uma junta militar derrubou o presidente do Níger, Mohamed Bazuma, e assumiu o controle do país, que está localizado na porção centro-oeste do continente africano e tem aproximadamente 65% do território cobertos pelo deserto do Saara, sendo o restante situado em zona semidesértica, conhecida como Sahel. Apenas em 1960, o país conquistou a independência da colonização francesa.
As características de defesa nacional e contrarias a dominação francesa do novo governo ficaram evidentes desde o início, com o apoio popular massivo nas ruas. Após a tomada do poder pelas forças nacionais os países do sistema imperialista, em especial a França e os Estados Unidos, reagiram com sanções e agora a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), ameaçam uma intervenção militar no país.
Condenamos as sanções econômicas, injustas e desumanas, que tem como maior vítima o povo do Níger. As sanções econômicas e comerciais agravam ainda mais a situação de insegurança alimentar e a crise social. O povo africano e o povo do Níger precisam de paz, solidariedade internacional, direito a sua autodeterminação e um basta nas intervenções imperialistas no continente.
As medidas anunciadas pela CEDEAO, França e Estados Unidos, reforçam que o objetivo desses é garantir os interesses dos grandes grupos econômicos na região do Sahel. O Níger foi o segundo maior fornecedor de urânio à União Europeia em 2022. A intervenção militar externa tem evidente objetivo de saquear as reservas energéticas do país.
O MAB condena toda e qualquer intervenção das potências imperialistas. Nossa total solidariedade ao povo do Niger.