Sete meses após rompimento da barragem da CASAN, em Florianópolis, atingidos se reúnem com Defesa Civil

Rompimento da lagoa de infiltração da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN) atingiu 150 pessoas e deixou 75 residências danificadas

Os atingidos da Barragem da Casan, que se rompeu há sete meses no bairro da Lagoa da Conceição, em Florianópolis (SC), se reuniram com a Defesa Civil do município nesta quarta-feira, 25. A proposta é criar reuniões periódicas com a comunidade para a constituição de um Núcleo Comunitário de Proteção e Defesa Civil (NUPDEC).

Durante o encontro, foram discutidas questões de segurança relacionadas à barragem, como a necessidade de enquadramento da estrutura na Política Nacional de Segurança de Barragens. Nesse caso, a empresa controladora da barragem fica obrigada a implementar as devidas medidas de segurança para a estrutura, como a instalação de alerta e sirenes.

“É importante preparar a comunidade para agir corretamente em situações de risco, incentivando medidas de autoproteção”, relatou Luiz Eduardo Machado, integrante da Defesa Civil de Florianópolis.

“Meu pai fazia parte do NUPDEC, em Blumenau, e sempre fomos educados a ter uma pastinha de documentos. Então, quando rompeu a barragem, a primeira coisa que meu irmão fez foi pegar a pasta antes de sair de casa”, contou Paloma Zimmer, atingida pela Casan.

“Nós, do MAB, percebemos, na prática, que só existe segurança dos atingidos, quando a comunidade está informada sobre os trâmites que envolvem a obra e é garantida sua participação nos espaços de decisão com as instituições envolvidas. Por isso, é fundamental a presença dos órgãos responsáveis na localidade impactada, no caso a servidão Manoel Luiz Duarte”, destacou Mariah Wuerges, da coordenação nacional do (MAB).

Segundo a coordenadora, a negociações de danos materiais estão em fase de finalização, mas a Casan não está cumprindo os prazos de pagamento. “Vamos iniciar agora os processos de danos morais”, explica a militante.

No próximo domingo, dia 29, as famílias atingidas se reúnem novamente em um ato e mutirão coletivo na rua para marcar a data dos sete meses do rompimento. Será realizado um cine-debate às 15h, além de outras atividades.

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