Dois anos após morte de Dilma Ferreira, ato é realizado no assentamento onde viveu em Baião (PA)

Homenagem marcou a denúncia do brutal assassinato e trouxe a memória da companheira que atuava em defesa do território amazônico

Familiares, vizinhos e amigos realizaram nesta segunda-feira (22) um ato simbólico em memória de Dilma Ferreira, militante do Movimento dos Atingidos por Barragens, covardemente assassinada há dois anos, em 22 de março de 2019.

O local escolhido foi a casa da companheira, local de seu martírio, no assentamento Salvador Allende, em Baião (PA).

Atualmente, há uma família que mantém a posse e está cuidando do lote onde Dilma viveu. Estiveram presentes também integrantes da coordenação do MAB e da Comissão Pastoral da Terra.

Celebração foi realizada na antiga casa de Dilma, no assentamento Salvador Allende (PA) / Foto: MAB

Dilma foi assassinada na madrugada do dia 22 de março de 2019, dentro de casa, junto do companheiro, Claudionor Costa da Silva, e um amigo do casal, chamado Hilton Lopes.

O mandante das mortes é o fazendeiro Fernando Ferreira Rosa Filho, mais conhecido como Fernandinho. De acordo com as investigações da polícia, o fazendeiro via na liderança de Dilma uma barreira para os negócios na região, que envolvem grilagem de terras, extração ilegal de madeira e até tráfico de drogas.

Na véspera do assassinato de Dilma, Fernandinho também encomendou a morte de outros três trabalhadores de sua fazenda, Raimundo Jesus Ferreira, Marlete da Silva Oliveira e Venilson da Silva Santos.

Eles haviam feito reclamações sobre as condições de trabalho degradantes a que vinham sendo submetidos. O assassinato dos seis ficou conhecido como “chacina de Baião”.

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