Atingidos reconstroem acampamento destruído pelo ciclone bomba em SC

Evento meteorológico trouxe estragos e causou 13 mortes na região Sul

Na semana passada, nos dias 1 e 2 de julho, o ciclone bomba que causou destruições em cerca de 135 municípios catarinenses, e foi considerado o pior desastre com ventos da história do Estado, levou abaixo também, o acampamento dos atingidos pela Usina Hidrelétrica de São Roque. Obra da empresa Engevix no Rio Canoas, entre as cidades de Vargem e São José de Cerrito, em Santa Catarina.

Há sete anos, o acampamento é instrumento de luta e união do movimento. É ali que as famílias atingidas se reúnem para pensar a mobilização em defesa dos seus direitos. Embaixo daquela lona, que voou com o vento, com muita persistência e companheirismo, a organização coletiva constrói o caminho da resistência contra a violação dos direitos humanos. É, justamente, o acampamento que pressiona a empresa e une o povo na luta pela justa reparação de direitos.

No sábado (4), diante do momento difícil de crise sanitária, ambiental e política, em um cenário de graves ataques à vida do povo brasileiro, os atingidos de São Roque se reuniram para recolocar em pé o acampamento.

“Nós nos unimos porque lá é a nossa casa, é a casa dos atingidos pela barragem São Roque, é de lá que a gente consegue nossas conquistas, de lá que estamos lutando e temos muito a fazer lá ainda”, conta a atingida Cristiane.

Para o MAB Santa Catarina, o ato de reconstrução reafirma a vontade de contagiar todos aqueles que sonham e lutam por um mundo melhor para a classe trabalhadora. “É isto que precisamos fazer nessa situação crítica que estamos vivendo: reerguer a força do nosso povo, apostar na solidariedade e plantar a semente da esperança que, sim, vamos vencer”, afirma o MAB.

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