Em MG, MAB participa da greve nacional contra desmonte da Petrobras
Foto: Nádia Nicolau Em Minas Gerais, cerca de 90% dos trabalhadores da Refinaria Gabriel Passos (Regap) e da Usina Termo Elétrica de Ibirité (UTE-IB) já aderiram à greve nacional dos […]
Publicado 05/02/2020
Foto: Nádia Nicolau
Em Minas Gerais, cerca de 90% dos trabalhadores da Refinaria Gabriel Passos (Regap) e da Usina Termo Elétrica de Ibirité (UTE-IB) já aderiram à greve nacional dos petroleiros, que teve início no último sábado (1). Assim como em outras cidades, o Movimento dos Atingidos por Barragens participa das ações no estado mineiro.
A pauta principal é o repudio ao fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) no Paraná. A Petrobras já anunciou a demissão sumária de mil funcionários e o sucateamento das condições de trabalho na unidade. Para o MAB, além da reivindicação trabalhista, a greve é caracteriza pela defesa da maior empresa pública do país.
O fechamento da Fafen-PR mostra como a categoria está com uma pauta única no país: a defesa da soberania, a defesa da Petrobras. Já são 11 estados em greve e os trabalhadores veem a necessidade de estarem em momento de luta contra os desmontes que a empresa vem sofrendo. Por isso os movimentos sociais, historicamente, se colocam juntos a esta luta, que, é também do povo brasileiro, afirma Joceli Andrioli, da coordenação nacional do MAB.
Não a privatização
A Petrobras é a principal empresa estratégica no setor, está no centro das disputas internacionais do ramo e na mira do governo para que seja privatizada. Caso privatizada, muitos desastres semelhantes aos da mineradora Vale podem acontecer, alerta Andrioli.
Os exemplos dos malefícios da privatização se configuram nos crimes da mineradora. A então empresa nacional Vale do Rio Doce foi entregue a empresários internacionais por Fernando Henrique Cardoso, em 1997. O MAB sabe que os frutos da privatização são somente crimes socioambientais, como em Mariana e Brumadinho, responsáveis pela morte de 292 pessoas e a destruição de duas bacias hidrográficas, denuncia o coordenador do MAB.
Por meio da Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia, o MAB se coloca junto aos trabalhadores da Petrobras em defesa da soberania, e exigimos que parem os processos de privatização da estatal, conclui.