Com formação do MAB e Fiocruz, direito à água é debatido em escolas do RJ

Jovens do curso Pedagogia das águas em Movimento aplicam conhecimento em escolas do município de Cachoeiras de Macacu

Nesta semana, os jovens que participam do curso “Educação Popular em Saúde Ambiental em Comunidades do Município de Cachoeiras de Macacu – Pedagogia das Águas em Movimento”, desenvolvido pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) e pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), realizaram uma série de ações nas escolas com o objetivo de discutir a importância do município para o abastecimento de água e de alimentos para a região metropolitana do Rio de Janeiro. Os jovens também debateram com os alunos das escolas os riscos que cachoeiras corre com a ameaça de privatização da água.

Divididos em grupos, os estudantes do curso “Pedagogia das Águas em Movimento” fizeram rodas de conversas e dinâmicas com as crianças, adolescentes e jovens. Os estudantes da rede pública se mostraram interessados e preocupados com a situação dos mananciais, rios, afluentes e alimentos que são contaminados com agrotóxicos, com a falta de saneamento básico e com a poluição que afeta as águas de várias formas.

As escolas visitadas foram: Escola Municipal Lucy Campelo da Fonseca, o Colégio Estadual São José, CIEP 479 Mario Simão Assaf, CIEP 140 Mario Cezar Gomes da Silva e o Colégio Estadual Quintino Bocaiúva, envolvendo 245 alunos no total.

Os temas e conteúdos foram compreendidos até mesmo pelas crianças, que com palavras e exemplos demostraram entender que água é essencial para a vida. “Sem água a gente não vai ter vida”, afirmou um aluno da Escola Municipal Lucy Campelo da Fonseca que participou da roda de conversa.

Até o final do ano serão realizadas, pelo menos, outras duas visitas em cada uma das escolas. As rodas de conversa são parte da metodologia de ensino utilizada no curso Pedagogia das Águas em Movimento, que acontece desde maio no Colégio Estadual São José com jovens de comunidades do Vale do Guapiaçu e de outras localidades que serão certificados pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz como Agentes Populares em Saúde Ambiental.

Para a coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens a iniciativa compõe o esforço necessário para que se possa preparar o conjunto da população local para lutar contra projetos excludentes previstos na região, como é o caso da barragem do Guapiaçu, além de promover a construção de um ambiente de convivência saudável.