Renova nega arcar com acompanhamento de saúde de criança atingida
A Fundação Renova se negou nessa segunda-feira a arcar com transporte e consulta médica de uma criança atingida pelo crime da Vale/Samarco/BHP Billiton moradora de Barra Longa. No sangue da […]
Publicado 30/07/2019
A Fundação Renova se negou nessa segunda-feira a arcar com transporte e consulta médica de uma criança atingida pelo crime da Vale/Samarco/BHP Billiton moradora de Barra Longa.
No sangue da criança foram encontrados índices elevados de metais pesados como níquel e arsênio e níveis baixos de zinco, através de exames feitos em 2016 pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade. A criança apresentava sintomas como mancha e feridas na pele e dor nas pernas, logo após o crime do rompimento da barragem de Fundão.
Depois de muita reivindicação e pressão a Fundação Renova foi obrigada a arcar com os gastos de transporte, consulta e alguns medicamentos para todas as 11 pessoas que fizeram os exames em 2016, e foram identificados com altos índices de metais tóxicos. A partir dessa conquista dos atingidos e de determinação do Ministério Público Federal, a Renova já arcou com diversas consultas e transportes para essas famílias.
Nessa segunda-feira, dia 29 de julho, a criança tinha uma consulta agendada com um profissional com o qual ela já consultou nos últimos meses e cujos custos foram pagos pela Renova.
Para a consulta de ontem, a Renova não respondeu formalmente às solicitações de transporte e pagamento da consulta, feitas pela família. A família teve que procurar respostas e recebeu uma negativa da Renova em arcar com os custos, sem nenhuma justificativa ou explicação da mudança de postura.
Mais um absurdo que a Fundação Renova comete, mostrando que não se preocupa com os atingidos para os quais ela deveria fazer ações de reparação. Essa situação exemplifica mais uma vez que a Renova não faz reparação e sim promove mais violações de direitos.
Esperamos que a Renova responda à família dizendo quando a criança terá o direito à consulta.