Filme Arpilleras tem exibição exclusiva em Belo Horizonte (MG)

Após a exibição do filme, evento contou com bate-papo com protagonista do filme Na tarde chuvosa deste domingo (04), o Cine Sesc Palladium exibiu o filme documentário “Arpilleras: mulheres atingidas […]

Após a exibição do filme, evento contou com bate-papo com protagonista do filme

Na tarde chuvosa deste domingo (04), o Cine Sesc Palladium exibiu o filme documentário “Arpilleras: mulheres atingidas bordando a resistência”. O longa-metragem, produzido pelo Coletivo de Mulheres do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), traduz a luta e resistência das mulheres atingidas por hidroelétricas e barragem de rejeitos, como no caso do rompimento da barragem em Mariana.  

A sessão exclusiva teve entrada gratuita. Antes da exibição do filme foi lida a poesia “Indignação de uma Mulher” pela integrante da Ciranda do MAB, Dandara Andrioli (12 anos). Os versos emocionaram e animaram o público, pois retrata a realidade das mulheres que convivem com vários problemas, relacionados ao machismo e situações em que perderam famílias e casas.

A presença de Simone Silva, atingida pela barragem da Samarco (Vale/BHP) em Barra Longa e uma das protagonistas do filme enriqueceu o bate-papo com público seguido da exibição do filme. “Toda vez que assisto a este filme é uma emoção diferente. Depois desses anos organizada no MAB, já reconheço o lugar da mulher, principalmente do meu papel. Percebi que sou sujeito no processo e  protagonista de mudanças na minha vida, comunidade e, talvez, até o mundo”, comentou Simone.

O Sesc Palladium fica na região central de Belo Horizonte e recebe uma rotatividade muito grande de públicos diferentes. Para a professora aposentada Hildete Martins, frequentadora assídua da programação do espaço, a cultura e a arte por meio das Arpilleras, nos faz refletir sobre a sociedade. “Eu não conhecia o trabalho do movimento. Percebi que é uma luta importante e que existe muito descaso com a população atingida. Eu mesma senti vontade de ajudar o movimento. É um trabalho lindo”, disse a professora.

 “Fiquei muito feliz de ter saído de casa hoje, num domingo chuvoso para prestigiar o filme Arpilleras. Ver como funciona a dinâmica na realidade das mulheres atingidas por barragens. O filme mostra que independente de onde estejamos não tem como não sentir o que essas mulheres passaram. Eu me senti atingida pela realidade social. Sabemos que é uma luta internacional”, disse Adriana Alves Lara, moradora e ex Prefeita de Vespasiano, a 30km de Belo Horizonte.

 

 

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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