Em SP, Caderno de conflitos no campo é lançado na Alesp

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participou na manhã de hoje (02) do lançamento do Caderno de Conflitos no Campo 2016. A atividade ocorreu na Assembleia Legislativa do Estado […]

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participou na manhã de hoje (02) do lançamento do Caderno de Conflitos no Campo 2016. A atividade ocorreu na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) o Caderno de Conflitos no Campo 2016.

O lançamento foi organizada pela Comissão Pastoral da Terra e contou com a presença de representantes dos movimentos sociais do campo e diversas organizações sociais, além de parlamentares. O Relatório anual traz registros das ocorrências de conflito e de violência sofrida pelos trabalhadores e trabalhadoras da terra, e é uma referência no Brasil.

O estudo, que traz um levantamento de dados dos últimos anos sobre os conflitos por terra, água e violências no campo, conta ainda com artigos de especialistas e pensadores, que documentam e analisam a situação no país com a proposição de alternativas. 

Rondônia foi o estado com mais registros de assassinatos no campo em 2016.  Segundo a CPT a Amazônia Legal concentrou 79% dos assassinatos do país, sendo que Rondônia foi o estado com mais casos.

Um dos mais marcantes foi o assassinato da militante do MAB Nilce de Souza Magalhães. Nicinha, como era conhecida, desapareceu no dia 7 de janeiro, em Porto Velho, e o corpo foi encontrado cinco meses depois, no dia 21 de junho, a apenas 400 metros de sua antiga moradia, no fundo do lago da hidrelétrica de Jirau.

Tchenna Maso do MAB destacou a necessidade da organização para enfrentar a violência no campo. “No contexto de crise internacional do capital, a tendência é que a situação no campo piore, principalmente na Amazônia.  Nossa expectativa é articular as lutas de enfrentamento contra a criminalização dos defensores de direitos humanos e a luta pela conquista destes, tendo em vista um cenário comum internacional.”

No ato, também foi utilizadas cruzes para simbolizar o enterro de trabalhadores assassinados nos conflitos e a perda dos direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo.

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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