MAB fortalece solidariedade com organizações populares dos EUA
Uma delegação de militantes do MAB está nos Estados Unidos para uma série de atividades que estão sendo organizadas pelo Movimento e pelo Comitê de Solidariedade ao MAB. Na semana […]
Publicado 06/03/2017

Uma delegação de militantes do MAB está nos Estados Unidos para uma série de atividades que estão sendo organizadas pelo Movimento e pelo Comitê de Solidariedade ao MAB.
Na semana passada, de 1 a 3 de março, ocorreu na universidade de Cuny, em Nova York, um intenso processo de formação e troca de experiências entre os militantes brasileiros e os parceiros estadunidenses. Foram três dias de debates sobre a conjuntura, além de troca de informações sobre a organização popular nesses países. Este processo de formação contou com a participação do professor Richard Wolff, economista do Programa de Pós-Graduação em Assuntos Internacionais da New School University e uma das referências sobre análise marxista nos Estados Unidos.
Nos últimos dias os militantes brasileiros têm conhecido o trabalho de organizações de base em Detroit, Nova York e Boston. Esta é mais uma etapa do intercâmbio entre os atingidos e os estadunidenses. Em 2014, dois deles passaram por várias regiões do Brasil conhecendo o trabalho do MAB e a realidade brasileira. Aqui estamos conhecendo uma realidade que não nos é apresentada pela grande imprensa, afirmou Ubiratã Dias, militante do MAB no Vale do Ribeira, em São Paulo. Em Detroit a crise econômica foi muito agressiva para com os trabalhadores, milhares foram desempregados e vimos centenas de fábricas fechadas e povoados abandonados.
Já Guilherme Camponêz, militante do MAB em Minas Gerais, aproveita a viagem para fazer a denúncia do crime da Samarco em Mariana com o estouro da barragem de Fundão. A Vale tem ações na Bolsa de Valores de Nova York, nossa tarefa é falar para o povo daqui o que temos sofrido no Brasil com os projetos de mineração e as barragens que devastam comunidades e cidades inteiras, afirmou Camponêz.
No próximo dia 12, inicia-se o Seminário Internacional Alimentos, Água e Energia não são mercadorias. Com participantes vindos de quatro continentes, o seminário abordará temas referentes à mercantilização desses recursos, o papel das empresas estadunidenses sobre isso e os processos de luta que estão sendo travados ao redor do mundo. O seminário termina com uma ação no dia 14 de março, Dia Internacional de Luta contra as Barragens.
Desde que a troca de experiências entre os brasileiros organizados no MAB e os estadunidenses iniciou, em 2011, várias atividades já foram desenvolvidas. Mas mais do que isso: O que se consolida é o internacionalismo, a solidariedade entre os povos, entre os trabalhadores do mundo. Estamos empenhados nisso e tenho certeza de que caminhamos pelo rumo certo da história, disse Saulo Araujo, da organização Why Hunger, que integra o Comitê de Solidariedade ao MAB nos EUA.