Novo secretário de Minas e Energia é ligado ao capital financeiro do setor elétrico
Ontem (17) pela manhã, o Ministério e Energia do governo Temer, comandado por Fernando Coelho Filho, anunciou o nome do novo secretário executivo da pasta: Paulo Pedrosa. Paulo Pedrosa, ex-presidente […]
Publicado 18/05/2016
Ontem (17) pela manhã, o Ministério e Energia do governo Temer, comandado por Fernando Coelho Filho, anunciou o nome do novo secretário executivo da pasta: Paulo Pedrosa.
Paulo Pedrosa, ex-presidente executivo da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres (Abrace), passa agora a comandar um dos cargos mais importantes do ministério.
Segundo o ministro Fernando Coelho Filho, em nota divulgada pelo MME, Paulo Pedrosa vai ser estratégico para relacionar os setores energéticos com as novas políticas do governo.
“Pedrosa vem para agregar nos esforços de reorientação das políticas setoriais. Ele tem uma visão moderna e excelente capacidade de diálogo com os diversos segmentos do setor energético, que já foi demonstrada em sua trajetória profissional”, afirmou.
Pedrosa trabalhou na Eletronorte e na Chesf. Foi diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entre 2001 e 2005, além de conselheiro do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da Equatorial Energia, da Cemar e da Light.
Empresários do setor elogiaram a escolha do novo secretário
Em entrevista para o Canal Energia, Reginaldo Medeiros, presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, ressaltou os conhecimentos que Pedrosa tem do mercado livre e que poderá levar sua visão para o governo. “O mercado pode ganhar muito com essa indicação. A gente não tem dúvidas de que o Paulo vai dar outro dinamismo para o mercado e liderar as mudanças e as transformações que são necessárias no mercado de energia elétrica”, apontou Medeiros.
No último domingo, 15 de maio, dois dias antes do anúncio, o ministro Fernando Coelho Filho recebeu representantes de associações empresariais do setor elétrico em um encontro fechado.
Para o Movimento dos Atingidos por Barragens, a nomeação do novo secretário executivo demonstra a relação do governo com os empresários do setor elétrico.
“Certamente o golpe que levou Temer a presidência, é também um golpe para privatizar toda energia, entregar as usinas, distribuidoras e o pré-sal às empresas transnacionais, especialmente dos Estados Unidos. Ao povo representará mais aumentos nas contas de luz, gás, combustíveis, menos qualidade, demissões e menos direitos”, afirmou Robson Formica, da coordenação nacional do MAB.