Ato ecumênico une Argentina e Brasil contra barragens no Rio Uruguai
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Publicado 15/03/2016
O Sínodo Noroeste Riograndense IECLB e a Diocese de Santo Ângelo da Igreja Católica, juntamente com as Igrejas parceiras da Argentina, Distrito Missiones da Iglesia Evangelica del Rio de La Plata e o Distrito Norte da Iglesia Evangelica Luterana Unida e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizaram uma celebração e ato ecumênico internacional em favor do Rio Uruguai e contra as barragens binacionais de Garabi e Panambi.
O evento ocorreu no dia 12 de março de 2016, na praça da cidade de Alba Posse, província de Misiones na Argentina. O ato ecumênico faz parte das atividades motivadas pelo Dia 14 de março, quando é celebrado o dia Internacional de Luta contra as Barragens.
Cerca de 300 pessoas, entre religiosos e ribeirinhos brasileiros e argentinos estiverem presentes manifestando a contrariedade aos projetos de barragens no Rio Uruguai.
Tereza Pessoa, do MAB, que é pescadora ameaçada pela barragem de Panambi em Alecrim (RS), enfatizou em sua fala a unidade entre os dois países nesse momento de luta e resistência contra esses empreendimentos. Sempre fomos separados pelo rio, hoje mais do que nunca ele une esses dois povos por um objetivo comum: a defesa do rio Uruguai e pelo nosso direito de dizer não a essas barragens.
Desde 2008 a população revive um drama antigo: o projeto binacional de construção das hidrelétricas de Garabi e Panambi. Neste ano as famílias resolveram manifestar a contrariedade realizando uma celebração ecumênica, buscando alertar a população ribeirinha das consequências que as hidrelétricas trazem junto de sua construção.
Com a celebração e o ato ecumênico, as Igrejas expressaram o seu compromisso profético em favor das famílias ameaçadas pelos projetos, ignoradas em seus direitos e vitimadas.
De acordo com Vilson Thielke, pastor Sinodal do Sínodo Noroeste Riograndense, foi a oportunidade de denunciar as violações de direitos humanos e também dos impactos ambientais que acabarão por matar o Rio Uruguai. Somos contrários a essa proposta energética de mão única que sacrifica pessoas e o meio ambiente somente pelo desejo de lucro por parte das grandes empresas e seus acionistas.