MAB volta a protestar em Sinop/MT
Atingidos protestam exigindo a regularização fundiária e emissão dos títulos da terra Atingidos do assentamento Gleba Mercedes 5 do município de Sinop/MT realizaram um protesto no último dia 10 de […]
Publicado 15/06/2015
Atingidos protestam exigindo a regularização fundiária e emissão dos títulos da terra
Atingidos do assentamento Gleba Mercedes 5 do município de Sinop/MT realizaram um protesto no último dia 10 de junho em frente a sede da Companhia Energética Sinop S/A (CES) – empresa responsável pela construção da UHE-Sinop.
Um mês após o primeiro protesto realizado em frente à concessionária CES, atingidos voltam a exigir repostas sobre seus direitos.
São cinco pontos cobrados pelos atingidos: agilidade na regularização fundiária, que já está em andamento; remanejamento da população atingida, com identificação dos que deverão deixar a área e dos que irão permanecer; reassentamento para os que tiverem mais de 60% das propriedades inundadas pelo reservatório da usina; indenizações das terras alagadas e projeto de malha viária das estradas afetadas pelo empreendimento, explica Jairo, atingido pela construção da usina.
Os assentados reivindicam também as compensações pelo impacto do empreendimento na comunidade. A gente tem o direito garantido de ter uma renda no assentamento, por meio de agroindústrias, empreendimentos para agricultura familiar. Porém, antes de tudo, precisamos da regularização fundiária e emissão dos títulos.
Um grupo de atingidos reuniu-se com os diretores da empresa. Nesta reunião o Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agraria (INCRA) teria de estar presente, mas mais uma vez a empresa joga a responsabilidade para o próprio INCRA por não comparecer.
Na reunião ainda foi tratado sobre como ficará a situação dos meeiros e esclarecimento de uma série de dúvidas que a empresa insiste em não escarecer.
Nas negociações o que avançou foi que a empresa se comprometeu em uma próxima reunião, no prazo máximo de 30 dias apresentar todas as questões relativas ao Incra. A empresa se comprometeu em dar agilidade em alguns pontos da pauta em relação às agrovilas e malha viária do assentamento.
Nas questões dos meeiros se reafirmou que os meeiros tem direitos e devem ser indenizados.
Segundo Jefferson militante do MAB é uma opção da empresa em não dar agilidade em relação à pauta de regularização do assentamento. Precisamos continuar mobilizados, e fortalecer a unidade entre os atingidos para fazer avançar os direitos.
Segundo Maria Luiza do Fórum Teles Pires/Sinprotec a ação do MAB conseguiu mobilizar a comunidade despertando a consciência dos atingidos e ainda politizando as falas. Cada vez mais conseguindo trazer mais gente para a ação. O processo de mobilização da comunidade e na mídia local esta conseguindo criar um ambiente de luta para avançar nas pautas, disse.