Multidão sai às ruas de São Paulo para defender a democracia
O povo foi a rua em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da Petrobrás, da Democracia e da Reforma Política e a Avenida Paulista ficou pequena. O MAB, Movimento dos […]
Publicado 13/03/2015
O povo foi a rua em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da Petrobrás, da Democracia e da Reforma Política e a Avenida Paulista ficou pequena.
O MAB, Movimento dos Atingidos por Barragens também estava presente, lutando, lado a lado, aos companheiros do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), FUP (Federação Única dos Petroleiros), CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores), NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), UNE (União Nacional dos Estudantes), CMP (Central dos Movimentos Populares), FAF (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar), MNPR (Movimento Nacional das Populações de Rua) e Levante Popular da Juventude.
A agitação começou cedo, por volta das 10hrs da manhã, o povo já estava reunido em frente a sede da Petrobrás, localizada na Av. Paulista. A defesa da Petrobrás e sobretudo do petróleo brasileiro foi um dos principais temas da luta.
Segundo a direção do MAB, deve-se punir os possíveis envolvidos nas denúncias de corrupção, mas de maneira alguma, deixar que oportunistas aproveitem o momento para tirar das mãos do povo brasileiro a riqueza que representa a Petrobrás e sobretudo o Pré-Sal.
“Os imperialistas estão de olho no nosso petróleo, sempre estiveram, mas agora neste momento, aproveitam-se da situação de crise. A direita brasileira e sobretudo a mídia, estão utilizando a operação lava-jato como justificativa para um processo de golpe contra a democracia e também contra a Petrobrás, com o objetivo de privatizá-la . Sabemos que defender a Petrobrás é defender a empresa que mais investe no Brasil mais de R$ 300 milhões por dia e que representa 13% do PIB Nacional. É defender mais e melhores empregos e avanços tecnológicos. É defender uma Nação mais justa e igualitária.”, afirma Liciane Andrioli, da coordenação do MAB.
Por volta das 15hrs a marcha seguiu em caminhada pela Av. Paulista, onde se somaram os professores do estado de São Paulo que neste dia 13 decidiram iniciar uma greve reivindicando seus direitos e melhorias de condições para a educação no estado.
Outro ponto importante da pauta foi a luta por uma constituinte exclusiva para realizar a Reforma Política.
Representantes do Levante Popular da Juventude presentes no ato defendem que para combater a corrupção entre dirigentes empresariais e políticos, é necessário a convocação de uma constituinte exclusiva para fazer a Reforma Política e assim acabar de uma vez por todas com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A democracia deve representar o Povo. Não cabe as grandes empresas e as corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses empresariais em detrimento das necessidades do povo.
Apesar do apoio e da defesa da democracia, frente aqueles que defendem o golpe, o ato também teve um caráter de cobrança em relação ao governo, sobretudo em relação aos cortes realizados no início deste ano, por meio das MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença.
A cobrança também veio no que diz repeito ao setor elétrico, após os sucessivos aumentos nas contas de luz anunciados no início deste ano.
Os manifestantes seguiram em marcha pela Rua da Consolação até a praça da República.
Para Luiz Dalla Costa, da coordenação nacional do MAB, essas grandes manifestações populares de hoje, encerram com muito ânimo a jornada de lutas que ocorreram durante toda a semana por todo o país.
“Para o movimento, de maneira especial, é uma satisfação ver tanta gente lutando pelo bem de nosso país na semana do 14 de março, data em que os atingidos comemoram o dia internacional de luta por seus direitos. O MAB tem a consciência que o momento que o país vive é delicado e que exigirá de todos os militantes dos movimentos muito trabalho para impedir qualquer retrocesso em nosso país”,conclui.
Os organizadores do ato em São Paulo estimam que mais de 100 mil pessoas participaram da manifestação neste dia 13 de março.