MAB participa do Fórum Social Temático sobre Energia em Brasília

O gramado do Congresso Nacional, em Brasília, recebe nesta quinta-feira (07), às 15 horas, a abertura do Fórum Social Temático sobre Energia (FTS – Energia). Com a temática “Energia: para […]

O gramado do Congresso Nacional, em Brasília, recebe nesta quinta-feira (07), às 15 horas, a abertura do Fórum Social Temático sobre Energia (FTS – Energia). Com a temática “Energia: para quê, para quem e como?”, o Fórum reunirá organizações não governamentais, movimentos sociais e representações sindicais, entre hoje e domingo (10), para debater o atual modelo energético brasileiro e mundial, além de apontar suas alternativas populares.

Os mais de 40 Fóruns Sociais Nacionais, Regionais ou Temáticos, que estão previstos para 2014, são desdobramentos do Fórum Social Mundial, e servem para o aprofundamento de discussões em torno de temas específicos.

No FTS – Energia, as atividades que ocorrerão a partir de amanhã (08) foram elaboradas pelas próprias organizações participantes. Será varias  rodas de conversa, debates, palestras e apresentações no Bloco de Salas da Ala Sul da Universidade de Brasília (UnB).

Fontes alternativas de energia renovável, diversificação da matriz energética, energia nuclear e resistência dos atingidos aos projetos hidrelétricos serão alguns dos temas abordados pelas organizações.

A luta dos atingidos por barragens

Na mesa “A resistência e luta dos atingidos por barragens: em Belo Monte – Rio Tapajós – Rio Madeira – Garabi e Panambi”, representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) mostrarão experiências de luta em diferentes processos espalhadas pelo Brasil.

Para o coordenador do MAB em Rondônia, João Marcos Dutra, o espaço servirá para mostrar que os conflitos entre os interesses privados envolvidos nas obras e a luta dos atingidos são semelhantes em todo o país.

“Ao longo desses últimos anos, as empresas, de norte a sul, aprimoraram diversas técnicas de contenção de conflitos para tentar diminuir a resistência dos atingidos, que vão desde a os estudos escassos e enviesados que restringem o reconhecimento das famílias e a garantia de seus direitos, até a criminalização da luta”, afirmou João.

Além da organização dos atingidos na Amazônia (Belo Monte, Tapajós, Rio Madeira), o espaço também contará com a presença de atingidos das barragens do Complexo Binacional Garabi e Panambi, previsto para ser construído no Rio Grande do Sul, na fronteira com a Argentina.

Plataforma Operária e Camponesa  da Energia

Em outra mesa, representantes da Plataforma Operária e Camponesa para a Energia discutirão “O atual modelo energético e as alternativas populares”, através do acúmulo da articulação nesses últimos anos.

Criada em 2010 pelo conjunto de trabalhadores  do setor da energia (petroleiros, eletricitários e engenheiros), atingidos por barragens e Via Campesina, a Plataforma vem desde então estudando o atual modelo energético brasileiro.

Para o coordenador nacional do MAB, José Josivaldo, a questão central é o atual modelo vigente no país. “É importante discutirmos novas fontes de energia, como o MAB vem fazendo com a implantação de centenas de aquecedores de água com tecnologia popular. Mas é importante entendermos que isso é pedagógico, mas não vai mudar o atual modelo, que é construído para beneficiar grandes indústrias, enquanto a população é penalizada com uma das tarifas mais caras do mundo.”

 Neste período (agosto e setembro) a plataforma está realizando grandes seminários regionais para envolver o máximo de pessoas para aprofundar a análise do modelo energético, e avançar na proposição do projeto energético popular.

Conteúdo relacionado
| Publicado 06/08/2014

Plebiscito à vista!