Protesto em SP denuncia: crise da água é tucana!
Mais de mil pessoas saíram às ruas de São Paulo nesta quinta-feira (05) para denunciar a responsabilidade dos governos estaduais do PSDB em relação à crise da água Na mesma […]
Publicado 06/06/2014
Mais de mil pessoas saíram às ruas de São Paulo nesta quinta-feira (05) para denunciar a responsabilidade dos governos estaduais do PSDB em relação à crise da água
Na mesma semana que o Sistema Cantareira começa a operar no negativo, utilizando parte do volume morto do reservatório, mais de mil pessoas ligadas a movimentos sindicais, sociais e estudantis se reuniram nesta quinta-feira (05), em São Paulo, para denunciar a responsabilidade dos governos tucanos em relação à crise da água no estado.
Com concentração na Praça Victor Civita, no bairro de Pinheiros, o protesto seguiu por volta do meio dia à sede da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), onde diversos relatos apresentaram os problemas reais que cercam a estatal, como falta de investimentos, desperdícios e privatizações.
Desde o ano de 1985 a companhia não investe em novos mananciais. Entretanto, esta falta de investimento não se justifica nos balanços econômicos. Entre 2005 e 2013, os lucros da Sabesp ultrapassaram a casa do R$ 13 bilhões.
Uma das explicações pode ser retirada dos valores destinados aos dividendos distribuídos. Em 2013, com lucro líquido de R$ 1,923 bilhão de reais, a Sabesp destinou 534,5 milhões aos acionistas privados, que detêm 49% do capital da empresa.
Para o coordenador do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Ubiratã de Souza, esta situação está intimamente ligada ao processo de privatização pelo qual à Sabesp foi submetida. Não temos dúvida que isso está ocorrendo graças à política neoliberal imposta pelos tucanos à Sabesp, que prioriza as remessas de lucros aos acionistas privados em detrimento dos serviços à população.
Foto: Mídia Ninja
Atualmente, diversos bairros da capital e outras cidades do interior paulista já sofrem com o racionamento de água, que segundo a própria Sabesp pode se agravar com o esvaziamento completo da Cantareira, previsto para outubro.
O presidente da CUT em São Paulo, Adi dos Santos Lima, também afirmou que o problema está no modelo de gestão do governo tucano. Em vez de investir em tecnologia e nos seus próprios funcionários, o governador Alckmin prefere entregar para a iniciativa privada aquilo que é de sua responsabilidade.
Durante o ato, o governo estadual se recusou em receber o documento elaborado pelos movimentos que cobram medidas do secretário estadual de Recursos Hídricos, Mauro Arce. A única sinalização de diálogo foi o agendamento de uma reunião para o próximo dia 2 julho.
*com informações da CUT