MAB realiza seminário popular sobre modelo energético na CHESF

Atingidos por Barragens de seis estados do Nordeste, acampados na Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), promoveram na tarde desta quinta-feira (27) um seminário popular com o tema “A visão popular da energia e petróleo no contexto atual”.  

O seminário foi realizado com o objetivo de debater a atual situação do modelo energético brasileiro. Entre os pontos abordados estavam a questão da cadeia industrial do petróleo e dos trabalhadores do setor, o panorama geral da questão energética e o ‘golpe’ nas tarifas de energia elétrica, a situação dos atingidos por barragens e dos trabalhadores do setor elétrico.

Em virtude do modelo privatista do setor elétrico, 75 % dos trabalhadores eletricitários são terceirizados e penalizados pela precarização do trabalho, com duras jornadas de trabalho.   

O integrante do sindicato dos petroleiros, Marcos Aurélio, lembrou da importância estratégica do Brasil no cenário internacional com a exploração do pré-sal. “O Brasil vai estar entre os cinco maiores produtores de petróleo do mundo, isso é riqueza que não conseguimos imaginar o tamanho. Mas a grande questão é como vamos fazer para que essa riqueza seja distribuída para a população? Precisamos de um trabalho de conscientização popular”, afirmou.

Em relação à energia elétrica, o integrante da coordenação nacional do MAB, José Josivaldo, frisou os altos preços das tarifas cobrados do consumidor. “O povo brasileiro é obrigado a pagar uma das tarifas mais cara do mundo por causa de um modelo energético privatista, dominado pelo capital internacional que visa somente o lucro”, relatou.

Participaram do seminário o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude, Consulta Popular, Pastoral da Juventude Rural, a ONG Instituto Regional da Pequena Agricultura Apropriada (IRPAA), sindicatos que compõe a Plataforma Operária e Camponesa para a Energia, além do deputado federal Fernando Ferro.