Atingidos por barragens ocupam Eletrosul, em Florianópolis
Após escracharem Tractebel, atingidos cobram da estatal política de direitos e exigem o cancelamento dos estudos do Complexo Garabi e Panambi e Itapiranga Fotos: Joka Madruga Após protestarem na manhã […]
Publicado 27/03/2014

Após escracharem Tractebel, atingidos cobram da estatal política de direitos e exigem o cancelamento dos estudos do Complexo Garabi e Panambi e Itapiranga
Fotos: Joka Madruga
Após protestarem na manhã de hoje (27) em frente à sede da empresa privada Tractebel, cerca de 300 integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) da região sul do Brasil ocuparam e montaram acampamento na sede da empresa estatal Eletrosul, na capital catarinense.
Entre as principais reivindicações do MAB estão a criação de uma política nacional que estabeleça diretrizes e critérios no tratamento dos direitos das populações atingidas por barragens, a criação de um fundo social cujos recursos sejam usados para reparar as perdas e prejuízos das pessoas afetadas pela construção de barragens e, principalmente, o imediato cancelamento dos estudos das obras das hidrelétricas de Garabi e Panambi, no Rio Grande do Sul, e Itapiranga, em Santa Catarina.
Com a manifestação na Tractebel e na Eletrosul, os atingidos por barragens querem pressionar o governo federal por mudanças no atual modelo energético, além de cobrar mais atenção às famílias desalojadas pela construção das obras. O Estado brasileiro planeja e coordena toda política energética e financia grande parte das barragens com dinheiro público do BNDES. No entanto, não há política de Estado para nós atingidos pelas obras, declarou Neudicléia de Oliveira, da coordenação nacional do MAB.
Na sexta feira (28), os atingidos irão realizar um seminário aberto ao público para debater o panorama geral da questão energética, o novo golpe do sistema elétrico (que poderá aumentar as tarifas em até 30% no próximo ano) e a situação dos atingidos por barragens.