Ocupação permanece no Departamento de Produção Mineral, em MG
Cerca de 250 atingidos por barragens ocuparam ontem (15), o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Após reunião com o superintendente do DNPM, Celso Luiz Garcia, a ocupação permanecerá sem […]
Publicado 16/10/2013
Cerca de 250 atingidos por barragens ocuparam ontem (15), o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Após reunião com o superintendente do DNPM, Celso Luiz Garcia, a ocupação permanecerá sem tempo determinado. Acho legitima a luta dos movimentos, apesar de estarem impedindo o funcionamento de trabalho no departamento, mas entendo que ações como essa são necessárias, afirmou Garcia. O superintendente relatou ainda que o Ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, já estava ciente da ocupação às sete horas de ontem.
Segundo o integrante da coordenação nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Moisés Borges, as palavras do superintende é fundamental, pois mostra a importância do ato.
Ainda durante a reunião, Garcia recebeu uma cartilha da Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB). Entregamos a ele esta cartilha que apresenta nossa pauta, e que esta possa ser um referencial para os atingidos pela mineração, relata Moisés Borges.
Além da ocupação, os atingidos estão realizando panfletagens em diferentes pontos estratégicos da cidade com o objetivo de chamar a população de Belo Horizonte para uma grande luta unitária que acontecerá amanhã (17) e contará com cerca de 1000 pessoas.
Nossa ocupação permanece firme, diante da jornada de lutas em diversos locais conquistamos o adiamento da votação do novo marco regulatório da mineração, que iria ser votação ontem na Câmara dos Deputados em Brasília. Acreditamos que a luta da classe trabalhadora foi e será fundamental para decisões que serão tomadas em relação a nossa soberania nacional, pontuou Moisés.
Reuniões em Brasília apontam um possível cancelamento do Leilão do Campo de Libra que está previsto para o dia o dia 21. Vamos pressionar o governo para que de fato o leilão seja cancelado, pois acreditamos que com toda a pressão e articulação dos movimentos sociais esta possibilidade é real, estaremos em constantes lutas para garantir que o petróleo brasileiro fique nas mãos do povo, conclui Moisés.
Durante a ocupação, os trabalhadores do departamento relataram as dificuldades de realização de seus trabalhos, com falta de condições mínimas para garantir a fiscalização nas áreas de mineração. Os trabalhadores da superintendência reconhecem a importância da ocupação e apoia a pauta do movimento que acrescentou as reivindicações dos trabalhadores como pauta de luta.