Atingidos trancam hidrelétrica de Estreito, em Tocantins
Nesta manhã (11), cerca de 900 atingidos trancaram a entrada da Usina Hidrelétrica de Estreito, no estado de Tocantins. O protesto é organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) […]
Publicado 11/07/2013
Nesta manhã (11), cerca de 900 atingidos trancaram a entrada da Usina Hidrelétrica de Estreito, no estado de Tocantins. O protesto é organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). A manifestação reivindica o reassentamento imediato das mais de 800 famílias que montaram um acampamento desde a inauguração da usina, que ocorreu no dia 17 de outubro do ano passado.
Além disso, os atingidos exigem o abastecimento de água, tanto para as famílias acampadas como para as assentadas, e um programa de compensação econômica para os pescadores, por causa da diminuição drástica dos peixes desde a construção da barragem.
Não aceitaremos que uma obra que gera tanto lucro para empresas privadas deixe mais de 800 famílias atingidas sem terra, sem água e sem energia. O estado brasileiro não pode mais se omitir e esperamos a imediata aprovação de uma política nacional de direitos para os atingidos por barragens, afirmou o coordenador nacional do MAB, Cirineu da Rocha.
A Usina Hidrelétrica Estreito, construída pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste), formado pelas empresas GDF Suez, Vale, Alcoa e Camargo Corrêa, está localizada no Rio Tocantins, na divisa dos estados do Maranhão e Tocantins, com capacidade total de 1.087 MW, suficiente para atender a demanda de uma cidade com 4 milhões de habitantes.
Foto: Beatriz Camargo e Maurício Hashizume