Movimentos sociais e juventude somam 3 mil nas ruas de Altamira
Ato de massas, inspirado nas grandes mobilizações pelo país, foi batizado de Direitos Já Mais de 3 mil pessoas participaram na tarde dessa quinta-feira (27 de junho) do ato Direitos […]
Publicado 28/06/2013
Ato de massas, inspirado nas grandes mobilizações pelo país, foi batizado de Direitos Já
Mais de 3 mil pessoas participaram na tarde dessa quinta-feira (27 de junho) do ato Direitos Já, na cidade de Altamira, Pará. A ação, inspirada pelas grandes mobilizações que tomam conta do país, cobra os direitos da população frente às injustiças cometidas com a construção da barragem de Belo Monte, em especial o cumprimento das chamadas condicionantes.
As condicionantes são medidas mitigadoras de impactos que a Norte Energia, dona do empreendimento, é obrigada a cumprir, mas que estão com o cronograma atrasado em relação às obras da barragem. Exemplo de atraso nas condicionantes é um hospital que deveria ter sido construído há mais de um ano em Altamira e o reassentamento urbano que ainda não se iniciou.
A ação foi construída pela iniciativa de entidades como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Levante Popular da Juventude, a Pastoral da Juventude, a UJS, Sindicato dos Professores e Xingu Vivo, além de estudantes universitários e secundaristas. A concentração teve início na concha acústica, na orla do rio Xingu, e seguiu pela cidade até a sede da Aciapa, onde integrantes do Governo Federal receberam a pauta de reivindicações. Os manifestantes exigem uma audiência pública popular e a instalação de uma Comissão Popular de Participação e Fiscalização.
A luta continua
Nessa sexta-feira (28 de junho), os manifestantes vão se reunir novamente para pressionar o governo a marcar a audiência pública. A concentração será na concha acústica. De lá, a marcha seguirá rumo à Aciapa, onde integrantes do governo federal, inclusive o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, estarão reunidos em atendimento às demandas dos sindicatos rurais da região.
A população de Altamira está cansada de sofrer com as obras da barragem. Tudo por aqui piorou com a chegada do chamado progresso que a barragem ia trazer, a cidade virou um caos. Por isso viemos pedir nossos direitos já: saúde, educação, moradia digna, segurança, respeito aos trabalhadores, tudo que é de direito do povo e a empresa e o governo não estão cumprindo, afirmou Eliane Moreira, militante do MAB e moradora de Altamira.