Organizações de esquerda definem jornada nacional de luta para 11 de julho
Na noite de ontem (25), 77 organizações e movimentos sociais, após realizarem a Plenária da esquerda na sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo, definiram uma jornada nacional de […]
Publicado 26/06/2013
Na noite de ontem (25), 77 organizações e movimentos sociais, após realizarem a Plenária da esquerda na sede do Sindicato dos Químicos de São Paulo, definiram uma jornada nacional de lutas para o dia 11 de julho com pautas unitárias para todo o Brasil.
As mobilizações também contarão com a participação de todas as centrais sindicais que, depois de se reunirem na tarde de ontem, apontaram oito pontos de pautas unitárias como reivindicações da mobilização do dia 11 de julho, que são:
1 Educação (pelos 10% do PIB para a educação, melhoria da qualidade, ciranda infantil nas cidades, etc);
2 Saúde (garantia de investimentos conforme a constituição, melhoria do SUS, apoio a vinda dos médicos cubanos);
3 Redução da jornada de trabalho para 40 horas (aprovação do projeto que está na Câmara);
4 Transporte público de qualidade (tarifa zero em todas as grandes cidades)
5 Contra a PEC 4330 (projeto do governo que na prática rasga a CLT e institucionaliza o trabalho terceirizado sem nenhum direito de FGTS, férias, etc);
6 Contra os leilões do petróleo;
7 Pela reforma agrária;
8 Pelo fim do fator previdenciário
Além de aprovarem os pontos das centrais sindicais, as organizações e movimentos sociais incluíram mais três propostas, que podem ser somadas às pautas unitárias, que são: reforma política a partir de plebiscito popular, reforma urbana e democratização dos meios de comunicação.
As organizações também denunciarão o genocídio da juventude negra e dos povos indígenas, a repressão e a criminalização dos movimentos sociais e a impunidade dos torturadores da ditadura, como também apontarão a reprovação ao estatuto do nascituro e a redução da maioridade penal.
O coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Gilberto Cervinski, chamou a atenção para a importância de se impedir os leilões da energia. Precisamos barrar a privatização do petróleo, que é fundamental para a soberania nacional, e das usinas hidrelétricas, com seus contratos vencendo este ano e que, se licitadas, podem representar uma piora na qualidade dos serviços, aumento dos preços e precarização do trabalho dos eletricitários. Além disso, também devemos lutar pelos direitos dos atingidos pelas grandes obras, como atingidos por barragens, indígenas e quilombolas, afirmou.
O MAB comemora a iniciativa da unidade da esquerda e convoca todos seus militantes a participarem massivamente das lutas por todo o país.