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MAB entra para a campanha nacional pela democratização da comunicação Na noite deste sábado (22), o Coletivo de Comunicação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizou ato simbólico de […]

MAB entra para a campanha nacional pela democratização da comunicação

Na noite deste sábado (22), o Coletivo de Comunicação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) realizou ato simbólico de adesão à campanha “Para Expressar a Liberdade”, que propõe uma nova lei geral para as comunicações no Brasil.

“O direito à comunicação é um pressuposto da própria democracia e nós aprendemos na própria pele como a grande mídia consegue omitir nossa luta, criminalizar nossa organização e distorcer nossas pautas”, afirmou a coordenadora nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Alexania Rossato.

A militante também lembrou a importância do tema neste momento de grandes protestos, pela forma como os grupos de comunicação têm agido para sufocar as pautas populares e distorcer o caráter de luta das manifestações que tomam as ruas do país.

O evento ocorreu em São Paulo durante a segunda etapa do Curso de Comunicação do MAB em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), que reuniu militantes de todas as regiões do país, além de parceiros da Consulta Popular e do Levante Popular da Juventude.

“Temos que mobilizar a juventude pra entrar nesse debate, já que uma transformação estrutural na nossa sociedade só vai se concretizar com uma reforma no atual monopólio da comunicação”, afirmou a militante do Levante Popular da Juventude, Amanda Silva Santos.

Durante a tarde, antes do ato, houve um espaço de formação com o integrante do Coletivo Intervozes e do Fórum Nacional pela Democratização da Mídia (FNDC), Pedro Ekman, que apresentou o Projeto de Lei de Mídia Democrática. “Não existe comunicação sem persuasão, sem parcialidade. Por isso, o projeto não prevê nenhuma censura à liberdade de imprensa, mas o incentivo à pluralidade de pontos de vista através da democratização dos meios materiais da comunicação”, explicou.

Pedro ainda chamou a atenção para o papel político das concessões de radiodifusão. “A radiodifusão é o grande espaço de definição do debate político na nossa sociedade, por isso precisamos definir critérios democráticos para estas concessões, ou seja, espaço público cedido a uma empresa que tem que cumprir uma função social”, apontou.

Desde o mês de maio, a campanha, que conta com diversas entidades da sociedade civil, iniciou a coleta de assinaturas em todo o país para poder apresentar o Projeto de Iniciativa Popular para as Comunicações. Para sua apresentação no Congresso Nacional é necessário a um milhão de trezentas mil assinaturas.

“Esta coleta de assinaturas tem que incentivar o debate e formação com o nosso povo da democratização da comunicação, pois apenas com o povo consciente da importância deste projeto é que nós vamos conseguir pressão social”, afirmou Ekman.

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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