Ações contra privatização da energia mobilizam cinco capitais
Nesta terça-feira (14), diversas entidades e movimentos sociais e sindicais deram sequência à série de manifestações contra as ações de privatização do petróleo e usinas hidrelétricas. Ontem e hoje as […]
Publicado 14/05/2013
Nesta terça-feira (14), diversas entidades e movimentos sociais e sindicais deram sequência à série de manifestações contra as ações de privatização do petróleo e usinas hidrelétricas. Ontem e hoje as atividades ocorreram em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.
O objetivo das mobilizações é tentar impedir à privatização dos 289 blocos de petróleo, localizados em 11 estados brasileiros, além de cobrar também que o governo brasileiro não faça a licitação de 12 usinas hidrelétricas e de 23 pequenas centrais que estão encerrando seus prazos de concessão até o ano de 2015.
Brasília
Em Brasília, aproximadamente 600 militantes do MAB, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento Camponês Popular, além de trabalhadores ligados à Federação Única dos Petroleiros (FUP), que haviam ocupado o Ministério de Minas e Energia na manhã desta segunda-feira (13), foram despejados pela Força Nacional por volta das 23 horas de ontem, após a expedição de uma liminar.
Segundo o coordenador nacional do MAB, Evandro Nesello, essa medida revela a falta de diálogo do Ministério de Minas e Energia, da Agência Nacional de Energia Elétrica e da Agência Nacional do Petróleo em relação aos movimentos sociais e o caráter repressivo da Força Nacional. Eles chegaram e disseram que queriam falar com um de cada bonézinho, um do branco, um do vermelho e um do verde, e que a gente sairia ou pela bala ou com gás lacrimogêneo, mas teria que sair de qualquer jeito, o que já representa a mudança na lei, que incentiva a repressão pela Força Nacional, apontou.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, cerca de 500 manifestantes da Via Campesina e sindicatos de petroleiros, além de diversas organizações apoiadoras participaram de ato em frente ao Hotel Royal Tulip, onde acontece, entre hoje e amanhã, a 11ª Rodada de Licitações para a concessão de 289 blocos de petróleo realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Para o coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Leonardo Maggi, as entidades presentes acordaram que esse é um período importante na luta pela soberania energética. Esse deve ser o ano nacional de articulação e luta pela soberania energética brasileira. Além desses blocos do petróleo, teremos ainda a tentativa de privatização de hidrelétricas, gás natural e de áreas do pré-sal, afirmou.
Além do ato, também ocorreu panfletagem de 10 mil exemplares da edição especial da energia do jornal Brasil de Fato nas estações de metrô da Cinelândia e Carioca.
Belo Horizonte
Na capital Mineira, integrantes do MAB, Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial das Mulheres, Sindipetro, Sindifisco, Sindieletro, CUT, Sindute, entre outras organizações realizaram um ato em frente à Superintendência do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), onde se encontra uma representação do Ministério de Minas e Energia.
Na parte da tarde, o ato seguiu em marcha até a prefeitura da cidade para se juntar a mobilização dos servidores públicos de Belo Horizonte, que reuniu cerca de 2500 pessoas. Algumas das reivindicações dos trabalhadores são reajuste salarial de 22% e a abertura de concurso público para acabar com a terceirização na prefeitura.
Curitiba e São Paulo
Em Curitiba, o MAB, o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro-PR/SC), a CUT-PR, o MST, a UNE e outras organizações sociais realizaram um ato na Praça Santos Andrade, mais conhecida como Boca Maldita, com distribuição da edição especial da energia do jornal Brasil de Fato, que também ocorreu nas estações de metrô de São Paulo.
Fotos: Joka Madruga / Terra Livre Press