Sobre o projeto
A porção oeste do estado do Pará banhada pela bacia do rio Tapajós é uma das regiões mais preservadas do Brasil. É o centro da Amazônia brasileira guardada por diversas […]
Publicado 06/05/2013
A porção oeste do estado do Pará banhada pela bacia do rio Tapajós é uma das regiões mais preservadas do Brasil. É o centro da Amazônia brasileira guardada por diversas reservas, parques e florestas nacionais, além de terras indígenas em várias localidades. É o único rio entre os grandes afluentes do Amazonas que ainda corre livre sem nenhuma barragem para gerar energia ou para facilitar a navegação.
Mas enquanto a população local e os povos tradicionais enxergam a floresta em pé como uma solução de sustentabilidade e riqueza, grandes empresas e grupos internacionais vêem somente uma oportunidade de alcançar grandes lucros. Em cada árvore derrubada, queimada ou alagada, eles acumulam fortunas enquanto deixam o rastro de destruição e miséria para as atuais e futuras gerações.
Uma das grandes oportunidades de ganhar muito dinheiro nesta região é a construção de usinas hidrelétricas. Por isso, grandes empresas, com o total apoio do Estado brasileiro, projetam construir um conjunto delas na bacia do rio Tapajós que poderão inundar uma superfície semelhante à ocupada pela cidade de São Paulo. No Complexo Tapajós está prevista a construção da UHE Cachoeira do Caí (802 MW), UHE Jamanxim (881 MW), UHE Cachoeira dos Patos (528 MW), UHE Chacorão (3.336 MW), UHE Jardim de Ouro (227 MW), UHE Jatobá (2.338 MW) e UHE São Luiz do Tapajós (3.369 MW).
Com relação à barragem de São Luiz do Tapajós:
Rio: Tapajós
Municípios: Itaituba (PA) e Trairão (PA)
Estado: Pará
Região: Norte
Empresas que estão patrocinado os estudos de viabilidade: Camargo, Correa, Cemig, Copel, EDF, Endesa Brasil, GDF, SUEZ, Neoenergia, Eletrobras e Eletronorte
Potência instalada prevista: 6. 133 MW
Energia firme prevista: 3.369 MW médios
Área total do reservatório: 722 Km²
Área atual da calha do rio Tapajós no trecho inundado: 392 Km²
Área de aldeias, comunidades tradicionais e florestas a ser inundada: 330 Km²
Ano Entrada Operação: a previsão é para o início da geração em 2021
Custo Total: Estimado em R$ 23 bilhões, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
Agentes financeiros envolvidos: Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).