MAB realiza encontro de coordenadores e coordenadoras no Ceará
Durante os dias 30 de novembro e 01 de dezembro, militantes do MAB realizaram, no Ceará, o 1º Encontro Estadual dos Coordenadores e Coordenadoras dos Grupos de Base. O encontrou […]
Publicado 03/12/2012
Durante os dias 30 de novembro e 01 de dezembro, militantes do MAB realizaram, no Ceará, o 1º Encontro Estadual dos Coordenadores e Coordenadoras dos Grupos de Base. O encontrou contou com a participação de cerca de 90 atingidos por barragens organizadas no MAB.
Nos dois dias foram discutidos e aprofundados vários temas importantes para o movimento, dentre eles o método organizativo e o plano de construção nacional, o encontro nacional do MAB que acontece em 2013, as lutas e conquistas, a pauta estadual, a produção e a auto sustentação do movimento.
Os objetivos do encontro foram formar os coordenadores e coordenadoras que atuam diretamente na nossa base social, fazer a avaliação das lutas e ações deste ano. Encerrar o ano com o povo animado rumo ao encontro nacional do MAB e planejar nossas lutas pensando o próximo período também foram objetivos do encontro, afirmou Sara de Oliveira, militante do MAB na região. Segundo ela, eles concluíram o encontro com bons encaminhamentos, com um plano de ação até junho de 2013 e com ações imediatas voltadas para o combate aos efeitos negativos da seca no Ceará.
As famílias atingidas por barragens são as que mais sofrem com a seca, pois viviam nas margens dos rios e agora dependem da água de chuva e do abastecimento através de carros pipa. A água da barragem e da transposição do Castanhão só servem aos grandes empresários que produzem frutas, camarão e para o porto do PECEM, próximo a fortaleza, denunciam os atingidos. E nós estamos passando sede e fome, não podemos deixar assim, eles que tem que pagar, diz a Dona Mazé, que coordena um grupo de base e mora ao lado do Canal da Integração, entre a barragem do Castanhão e Fortaleza. Precisamos, de imediato, ter acesso à água, queremos abastecimento de carros pipas, poços profundos, adutoras que consigam suprir as necessidades das famílias e comunidades atingidas, finaliza Dona Mazé.