MAB discute uso da água do lago da barragem de Barra Grande
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participou de duas audiências públicas nos municípios de Pinhal da Serra, no Rio Grande do Sul, e em Anita Garibaldi, Santa Catarina. O […]
Publicado 24/07/2012
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) participou de duas audiências públicas nos municípios de Pinhal da Serra, no Rio Grande do Sul, e em Anita Garibaldi, Santa Catarina. O objetivo das atividades é discutir o plano de conversão ambiental para uso da água do lago da hidrelétrica de Barra Grande.
Segundo Indianara Reis, da coordenação do MAB, as audiências são uma boa iniciativa, porque a população poderá, pela primeira vez, decidir sobre o uso dessa água. Essas atividades são importantes porque dão oportunidade para os atingidos e as comunidades discutirem sobre a utilização da água do lago de Barra Grande. Uma das possibilidades é a implementação de projetos ligados à criação de peixes, diz ela.
A piscicultura em lagos de barragens já é uma prática do MAB em outras regiões do Brasil. Na barragem de Castanhão, no Ceará, e de Tucuruí, no Pará, os atingidos geram renda para as famílias com a criação e venda dos peixes.
Entre os presentes nas audiências desta tarde estão o Ministério Público Federal, a empresa dona da barragem de Barra Grande (BAESA), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (IBAMA) e os militantes do Movimento.
A barragem de Barra Grande está construída sob o Rio Pelotas, na divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Na época, sua construção teve grande polêmica, pois 6 mil hectares de mata de araucária foram ignorados nos estudos de impacto ambiental.