Trabalhadores de Belo Monte podem paralisar na 2ª

Por Agência Brasil Os cerca de sete mil trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Belo Monte decidiram na noite desta quarta-feira (18), reunidos em assembleia paralisar suas atividades a partir da […]

Por Agência Brasil

Os cerca de sete mil trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Belo Monte decidiram na noite desta quarta-feira (18), reunidos em assembleia paralisar suas atividades a partir da próxima segunda-feira (23), após cumprir prazo legal de 48 horas. A decisão, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Pará (Sintrapav), foi tomada pela “quase totalidade dos trabalhadores”.

De acordo com o Sintrapav, a greve só será suspensa, caso o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) apresente uma nova proposta, já que a proposta final da CCBM foi rejeitada pelos trabalhadores. Ela previa, entre outras medidas, manter o período de intervalo das baixadas [período em que os trabalhadores podem visitar as famílias] em 180 dias, mas aumentando a duração de nove para 19 dias.

“O problema é que esse período a mais, de dez dias, corresponderia à antecipação das férias. Os trabalhadores não concordaram com isso porque esse é um direito já assegurado por lei”, disse o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) Roberto Ruy Rutowitcz Netto, que esteve presente nas reuniões de negociação.

Ele acrescentou que, em relação ao vale-alimentação, a proposta empresarial foi aumentar o valor de R$ 95 para R$ 110. “A princípio isso também não trouxe muita satisfação para os trabalhadores”, acrescentou. A reivindicação do sindicato era que esse valor chegasse a R$ 300 mensais. O CCBM informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que aguardará a oficialização da decisão dos trabalhadores para se pronunciar sobre o assunto. (Agência Brasil)

Conteúdos relacionados
| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital

Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro