Em SC, atingidos por Garibaldi continuam mobilizados
Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), atingidos pela usina hidrelétrica de Garibaldi, localizada entre os municípios de Abdon Batista e Cerro Negro (SC) permanecem acampados na comunidade Nossa […]
Publicado 19/03/2012
Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), atingidos pela usina hidrelétrica de Garibaldi, localizada entre os municípios de Abdon Batista e Cerro Negro (SC) permanecem acampados na comunidade Nossa Senhora das Graças nas proximidades do canteiro de obras da barragem.
A permanência no local será mantida até que avancem as negociações da pauta de reivindicação dos agricultores dos cinco municípios, que ficam às margens do rio Canoas, e que serão atingidos. Dentre as reivindicações está um acordo que assegure o direito de reassentamento aos agricultores atingidos, garantindo que os mesmos continuem produzindo alimentos como forma de geração de renda para a família.
Além dos atingidos e os operários da obra, a população da região também está descontente com a empresa Triunfo. Em menos de uma semana os trabalhadores atearam fogo nos alojamentos, em seguida, o MAB entrou na obra, quer dizer que coisa boa à empresa não esta fazendo. Diz uma morada da comunidade do Araçá município de Cerro Negro.
O acampamento do MAB já recebeu a visita do bispo da diocese de Lages, Dom Irineu, e também da Deputada Estadual e representante da Comissão dos Direitos Humanos, Luciane Carminati (PT/SC). A população, entidades e igrejas da região estão prestando solidariedade aos manifestantes através de cartas e depoimentos nos meios de comunicação.
Está prevista para essa semana aumentar o número de pessoas no acampamento. Na quarta feira (21), acontecerá uma grande assembléia no local para socializar as informações, na quinta feira (22), a comissão dos direitos humanos junto com representantes da Ordem dos advogados do Brasil (OAB), estará na região analisando os casos e na sexta feira (23), haverá a reunião de negociação entre os atingidos, governo federal e a empresa construtora.
Veja os apoios à ação do MAB: