MAB cobra da Eletronorte direitos de atingidos por Samuel
Após 26 anos da construção da hidrelétrica de Samuel, em Rondônia, o MAB foi recebido pela diretoria da Eletronorte em Brasília nessa quarta-feira (31) para cobrar soluções para os problemas […]
Publicado 02/09/2011
Após 26 anos da construção da hidrelétrica de Samuel, em Rondônia, o MAB foi recebido pela diretoria da Eletronorte em Brasília nessa quarta-feira (31) para cobrar soluções para os problemas dos atingidos.
Dos pontos de reivindicação, a diretoria da estatal se comprometeu a buscar uma solução para o problema da construção de uma ponte sobre o lago da barragem. A obra começou a ser erguida pela SPA Engenharia em parceria com a Eletronorte, mas desabou. A Eletronorte entrou com um processo contra a construtora e até então vinha tratando o problema apenas no âmbito jurídico.
O MAB pressionou para que a estatal buscasse uma solução independentemente do trâmite judicial. A diretoria se comprometeu a criar um grupo de trabalho e apresentar uma solução dentro de 30 dias. Eles reconheceram que não se trata só de um problema técnico ou jurídico, mas sim político, afirmou Océlio Muniz, militante do MAB. Esse problema de infraestrutura prejudica 9.000 famílias na região.
Outro ponto da pauta do MAB diz respeito ao acesso à energia na região onde foi construída a barragem. O Movimento reivindica a construção de uma subestação em Itapoã do Oeste, que estava prevista, mas ainda não saiu do papel. A Eletronorte alegou não ter mais responsabilidade quanto a isso. O MAB deve se reunir com a Eletrobrás em breve para negociar este ponto.
O Movimento também cobra o reassentamento de 800 famílias atingidas pela barragem. O Incra alega não possuir recursos para tal, mesmo com a suplementação orçamentária de R$ 400 mil para a reforma agrária conquistada pelos movimentos da Via Campesina com a Jornada de Lutas. No entanto, o Incra se comprometeu a apresentar um plano ao governo para reassentar 12 mil famílias atingidas por barragens no país ainda este ano.