Marcha unitária reúne 20 mil trabalhadores pela Esplanada
Cerca de 20 mil pessoas marcham em defesa de uma plataforma política que une o conjunto da classe trabalhadora, para enfrentar os interesses do capital financeiro e das grandes empresas […]
Publicado 24/08/2011
Cerca de 20 mil pessoas marcham em defesa de uma plataforma política que une o conjunto da classe trabalhadora, para enfrentar os interesses do capital financeiro e das grandes empresas transnacionais no contexto da crise econômica mundial.
Os 3.000 camponeses da Via Campesina, acampados desde segunda-feira no estacionamento do ginásio Nilson Nelson, somam-se ao protesto que percorreu a Esplanada dos Ministérios.
Os principais pontos da plataforma política são a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no orçamento federal para educação pública e gratuita e a mudança de modelo agrícola, com a proibição da utilização de agrotóxicos e a realização da Reforma Agrária.
Joceli Andrioli, da Coordenação Nacional do MAB, falou das pautas da Via Campesina: “Estamos em Brasília para fazer o governo federal ter coragem de colocar em pauta a reforma agrária, porque é um absurdo que haja famílias acampadas há mais de 20 anos. Também estamos em defesa dos pequenos agricultores, porque enquanto os grandes latifundiários têm suas dívidas ressarcidas, o pai e mãe de família dos pequenos agricultores muitas vezes não têm o que por no prato por falta de crédito.”
Viemos cobrar do governo e do Congresso Nacional a concretização de todas estas pautas que são direito dos trabalhadores do campo e da cidade. Essa unidade é uma importante demonstração de força do conjunto da classe trabalhadora brasileira vem às ruas contra esse modelo econômico que privilegia os bancos e o agronegócio, disse João Paulo Rodrigues, integrante da coordenação nacional do MST e da Via Campesina.
Questionamento do modelo energético
Após o ato unificado, os agricultores e agricultoras da Via Campesina foram para a frente do Ministério de Minas e Energia protestar contra os leilões do petróleo e a construção de Belo Monte. “Estamos aqui para denunciar todas essas obras que agridem a classe trabalhadora. Belo Monte atinge 60 mil pessoas e não beneficia o povo brasileiro”, declarou Claret Fernandes, do MAB.
Conheça as bandeiras unitárias da classe trabalhadora
Foto: Vinicius Mansur/Arquivo