MAB realiza audiência pública sobre a UHE de Garibaldi
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), juntamente com a Assembléia Legislativa de Santa Catariana, realiza amanhã (07/04) uma Audiência Pública, no Salão Paroquial do município de Cerro Negro (SC). […]
Publicado 06/04/2011
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), juntamente com a Assembléia Legislativa de Santa Catariana, realiza amanhã (07/04) uma Audiência Pública, no Salão Paroquial do município de Cerro Negro (SC).
O objetivo da atividade é discutir as reivindicações dos atingidos pela barragem de Garibaldi, tais como: terra, moradia, renda, entre outros. Para isso, será feito um estudo do relatório que aponta violações dos direitos humanos em áreas de barragens e do Decreto Presidencial que institui o cadastro dos atingidos por barragens. Estes estudos têm o objetivo de esclarecer os atingidos, para que eles conheçam seus direitos e atuem de forma mais ativa.
Participarão da audiência pública os atingidos por barragens, prefeitos e vereadores da região, o superintendente da pesca em Santa Catarina, o presidente da FATMA, representantes das entidades Amigos da Terra, Sinergia e da Igreja, entre outros.
Se a barragem de Garibaldi for construída ela vai atingir os municípios de Cerro Negro, Campo Belo do Sul, Abdon Batista, Vargem e São José do Cerrito, expulsando centenas de famílias. De acordo com o projeto técnico, para a formação do reservatório serão inundados 1.864 hectares de terra, o muro da barragem terá 37 metros de altura e 915 metros de extensão e a barragem terá capacidade para gerar 150mw de energia. Os gastos previstos são da ordem de R$ 450 milhões.
Hoje no Brasil uma das principais fontes de energia elétrica são as barragens, que causam uma série de problemas a sociedade, principalmente para as populações atingidas. Antes de construir as barragens, as empresas vem com o discurso de que as hidrelétricas trazem desenvolvimento para as comunidades, municípios e para os atingidos.
Para o coordenador do MAB Denilso Ribeiro, existe somente uma forma para que os atingidos por barragens que hoje estão sem terra garantam seus direitos, que é através da organização e da mobilização. Não vamos deixar que isso aconteça também na construção da UHE de Garibaldi, vamos lutar e garantir nossos direitos até o fim, diz o coordenador.
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