Encontro discute opressão das mulheres na história
Na manhã desta terça-feira (05/04), as participantes do Encontro Nacional das Mulheres Atingidas por Barragens tiveram um espaço de formação sobre o desenvolvimento da sociedade e a opressão de gênero. […]
Publicado 05/04/2011
Na manhã desta terça-feira (05/04), as participantes do Encontro Nacional das Mulheres Atingidas por Barragens tiveram um espaço de formação sobre o desenvolvimento da sociedade e a opressão de gênero. Eliane de Moura Martins, da Coordenação Nacional da Consulta Popular, foi convidada para falar sobre o assunto às mais de 400 mulheres, no Parque da Cidade, em Brasília.
Eliane apontou que a origem da opressão da mulher remonta ao surgimento da propriedade privada. Segundo ela, há cerca de 20 mil anos, homens e mulheres viviam em solidariedade e os filhos eram responsabilidade de todos. No entanto, a sociedade começou a se dividir entre aqueles que caçavam e aqueles que observavam a natureza. Esses últimos aprenderam como a natureza se reproduzia, e descobriram a agricultura.
A propriedade privada surge quando os que caçavam passaram a se apropriar do meio de produção dos agricultores, que eram, em sua maioria, mulheres. Então, o que era produzido por muitos passou a ser de uma pequena parte.
Segundo Eliane, a discussão do papel da mulher na sociedade capitalista faz com que os movimentos sociais assumam a luta do feminismo junto à do socialismo, lutando contra todas as formas de desigualdade social impostas pelo atual modelo capitalista.
A militante Fernanda de Oliveira Portes, atingida pela barragem de Fumaça, em Minas Gerais, afirmou que o capitalismo transformou a mulher em objeto de exploração pela própria sociedade. E, para superar essa condição, é preciso da força das mulheres para lutar junto com os companheiros contra a exploração de classe. As mulheres do movimento devem carregar a bandeira de libertação, com a tarefa de lutar pela conquista de seus direitos, afirmou Fernanda.