Ciranda das crianças garante participação de mães no encontro

O Encontro Nacional das Mulheres Atingidas por Barragens não conta apenas com as 450 mulheres presentes. Também participam do encontro cerca de 30 crianças atingidas por barragens que vieram acompanhadas […]

O Encontro Nacional das Mulheres Atingidas por Barragens não conta apenas com as 450 mulheres presentes. Também participam do encontro cerca de 30 crianças atingidas por barragens que vieram acompanhadas de suas mães.

Em função disso, foi montada no local a “ciranda infantil”, com educadoras e educadores que têm o papel de cuidar das crianças nos momentos em que as mães estão em atividades do encontro.

Segundo a educadora infantil Caroline Alves Pereira, o espaço da ciranda nos encontros é muito importante no processo contínuo da formação de um novo projeto de sociedade. A ciranda é um dos primeiros contatos que a criança tem com a sociedade que defendemos, pois neste mesmo espaço há divisão de brinquedos e atividades coletivas entre as crianças. O local educa os meninos e meninas para aprenderem, desde pequenos, a se fortalecer contra o modelo capitalista.

Ao chegar à ciranda, as crianças demoram a se soltar e entender que no meio socialista elas não são apenas tarefa das mães, mas devem ser educadas pelo coletivo. “As crianças que passam momentos na ciranda certamente serão mulheres e homens que nos ajudarão na luta de classe”, afirma Caroline.

Segundo Maria Eunice Barbosa de Souza, militante do movimento dos Atingidos por Barragens e mãe, a ciranda permite que as mães participem do encontro sabendo que os filhos estão sendo cuidados por educadoras e educadores que são militantes do movimento, o que dá tranqüilidade, segurança e confiança as mães. “Antes da ciranda eu me sentia excluída como mulher, por não poder participar das atividades, mas hoje posso participar e contribuir sabendo que meus filhos estão bem”, afirma Maria Eunice.

 

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| Publicado 21/12/2023 por Coletivo de Comunicação MAB PI

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