Vale quanto a vida?
Documento
Metadados
Título da Arpillera
Vale quanto a vida?
Descrição
O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco é representado em relação ao símbolo da Vale com uma enxurrada de lama. A peça recorda ainda a responsabilidade das três empresas (Vale, BHP e Samarco) envolvidas na destruição da bacia do Rio Doce, que começou em 5 de novembro de 2015 e até hoje não teve reparação e justiça equivalentes. Na peça, dentro da representação do rio, encontramos diversas pessoas cuja lama marcou suas vidas. Um estudo chamado Pesquisa sobre a Saúde Mental das Famílias Atingidas pelo Rompimento da Barragem do Fundão em Mariana (Prismma) realizado pelo Núcleo de Pesquisas em Vulnerabilidades e Saúde da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificou que, mesmo após dois anos do rompimento da barragem em Mariana, os atingidos ainda tinham relatos de sofrimento, medo, angústias, incertezas se terão a reparação integral e a volta do modo de vida de antes do rompimento da barragem. Neste estudo foi identificado um número importante de pessoas com depressão, transtorno de ansiedade generalizada e de estresse pós traumáticos. A riqueza da cor azul contrasta com o cenário obscuro do fundo. De um lado, denuncia a negligência das empresas e, do outro, aponta o caminho coletivo para os atingidos e atingidas: lutar e organizar.
Data
julho 1, 2017
Autoras
Mulheres atingidas de Mariana, Minas Gerais
Cartinha
"Na tarde do dia 5 de novembro de 2015, por volta das 15 horas, a barragem de Fundão rompeu, liberando rejeitos de mineração que passaram sobre a barragem de Santarém, causando um maiores crimes socioambientais da história do país.
As duas barragens são de propriedade da Samarco Mineração S.A, empresa pertencente à Vale e à B.H.P Billiton. Cerca de 50 milhões de metros cúbicos de resíduos desceram morro a baixo (minério de ferro, sílicio e metais pesados).
Matou 10 pessoas, causou um aborto, causou danos e destruição ao longo de toda a bacia hidrográfica do Rio Doce, chegando à foz no litoral do Estado do Espírito Santo, dia 23 de novembro, 17 dias após o rompimento.
ELES SABIAM QUE IA ROMPER! BHP, VALE E SAMARCO: OS DONOS DE TUDO SÃO DONOS DE NADA! OS DONOS DE NADA SÃO DONOS DE TUDO!
DOIS ANOS DE LAMA! DOIS ANOS DE LUTA!
Quase passados dois anos os impactos e danos ambientais, materiais, à vida humana, não foram resolvidos e, sim, esquecidos. Onde está a justiça? A justiça está do lado de quem? A tragédia anunciada continua nos matando, viola nosso direito de ter direitos.
Eles sabiam que ia romper!"
Fotógrafo/a
Marcelo Aguilar
Localização
Secretaria Nacional do MAB (Endereço: Avenida Thomas Edison, 301, Barra Funda, São Paulo/SP | Fone: 11 3392 2660)
Exposições
Arpilleras: bordando o Projeto Popular (Encontro Nacional - 2017) | Mulheres, água e energia: bordando a resistência (Fórum Alternativo Mundial da Água - 2018) | Rompimentos - Congresso Nacional - 2020
Dimensões
46x57cm
Bloco
Bordando os Direitos
Anexos
Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital
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Seminário faz parte de programação de projeto focado em saúde popular que abrange os municípios de Erechim, Aratiba, Mariano Moro, Marcelino Ramos e Machadinho
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Em conjunto com as comunidades de Calama e Demarcação, distritos de Porto Velho localizados às margens dos rios Madeira e Machado, o Movimento exige a inclusão dos atingidos no Estudo de Impactos Ambientais do empreendimento
El Mar lanza segundo número de la revista EnMarcha durante el X FOSPA
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