Quilombo Piririca
Documento
Metadados
Título da Arpillera
Quilombo Piririca
Descrição
A Constituição Federal de 1988, estabelece no artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), o direito das populações quilombolas ao reconhecimento das terras que tradicionalmente ocupam. Porém, a efetivação deste direito não acontece para a comunidade do Quilombo Piririca. Situada dentro de uma área de conservação ambiental, seu direito a regularizar o território e manter as suas “Roças Tradicionais” é negado. Isso ameaça a segurança alimentar da comunidade e contribui para o abandono do campo pelos jovens. Elas denunciam nesta arpillera, como a Resolução nº 27/2010, que estabelece procedimentos de licenciamento das roças, pela sua burocracia, torna inviável esta prática tradicional nos territórios quilombolas. “Esta lei supostamente está para proteger a floresta, mas não os povos quilombolas que há séculos ocupam seus territórios conservando as florestas e sua biodiversidade”. A comunidade resiste há mais de 20 anos à construção de 5 barragens no Rio Ribeira de Iguapé, que caso venha a ocorrer, alagará os seus territórios e toda a floresta em volta, causando um enorme impacto nos ecossistemas da região.
Eixo - Tema
Acesso a direitos básicos/políticas públicas | Mundo do Trabalho | Relação com a terra | Vínculos comunitários e familiares
Data
setembro 1, 2015
Autoras
Mulheres atingidas do Quilombo Piririca, no Vale do Ribeira, em São Paulo
Cartinha
"A comunidade dos Remanescentes de Quilombo Piririca está situada às margens do Rio Ribeira de Iguapé e da Rodovia Jeremias Oliveira Franco, distante 20km da cidade de Iporanga. A comunidade apesar de fácil acesso, encontra-se em várias dificuldades e se torna isolada pela falta de meios de comunicação (orelhão e celular) e de meios de transporte. Outra questão é a sobreposição do Parque Estadual na comunidade, impedindo os moradores de trabalhar na agricultura de subsistência, pois não podem desmatar, acabando com os costumes e a cultura de nossos antepassados. Enquanto isso, as fazendas que se encontram dentro da comunidade estão todas desmatadas e fora do Parque Estadual. E com tudo isso ainda somos ameaçados por quatro barragens que podem ser construídas no Rio Ribeira, vivendo com medo de sair de nossas terras, sem saber para onde ir e se afastar de nossas famílias.
Quilombo Piririca, setembro de 2015."
Fotógrafo/a
Vinicius Denadai
Localização
Secretaria Nacional do MAB (Endereço: Avenida Thomas Edison, 301, Barra Funda, São Paulo/SP | Fone: 11 3392 2660)
Dimensões
47x51cm
Bloco
Bordando os Direitos
Anexos
Desenvolvimento para quem? Piauí, um território atingido pela ganância do capital
Coletivo de comunicação Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Piauí, assina artigo sobre a implementação de grandes empreendimentos que visam somente o lucro no território nordestino brasileiro
MAB e UFFS promovem seminário regional com mulheres atingidas pelas barragens de Itá e Machadinho
Seminário faz parte de programação de projeto focado em saúde popular que abrange os municípios de Erechim, Aratiba, Mariano Moro, Marcelino Ramos e Machadinho
Comunidades denunciam exclusão da população ribeirinha do licenciamento ambiental da UHE Tabajara
Em conjunto com as comunidades de Calama e Demarcação, distritos de Porto Velho localizados às margens dos rios Madeira e Machado, o Movimento exige a inclusão dos atingidos no Estudo de Impactos Ambientais do empreendimento
Brigadas mobilizam população através de assembleias, passeatas e visitas de casa em casa para debater propostas de Lula
Iniciativa de movimentos populares de todo o Brasil tem a proposta de fazer o diálogo com a população, especialmente nos bairros e comunidades